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Lobão descarta baixar preço da gasolina com queda do petróleo

Segundo ministro, como não houve aumento na época de alta, Petrobras poderia ter prejuízo com redução

Por Nicola Pamplona
Atualização:

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, descartou nesta sexta-feira, 17, a redução do preço da gasolina e do diesel por conta da queda da cotação do barril do petróleo nos últimos dias, no mercado internacional. "Como não houve aumento de preços para o consumidor quando o petróleo estava muito alto, na casa dos US$ 140, se houver uma redução no preço agora, poderia causar prejuízo para a Petrobras", afirmou o ministro em entrevista ao chegar à cerimônia em homenagem ao vice-presidente José Alencar, no Centro Tecnológico da Indústria Química e Têxtil (CTIQT), no Rio.   Veja também: Consultor responde a dúvidas sobre crise   Como o mundo reage à crise  Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise A cronologia da crise financeira  Dicionário da crise    Segundo ele, o assunto será estudado com calma para não prejudicar os investimentos da Petrobras. O ministro reforçou que o atual preço do petróleo não inviabiliza investimentos para exploração das reservas na camada pré-sal. "Vai chegar um momento em que o preço vai se estabilizar em um patamar razoável. A queda não é necessariamente ruim para a Petrobras, mas é bom que haja um preço adequado: nem tão baixo a ponto de dar prejuízo, nem tão alto a ponto de prejudicar o consumidor", comentou Lobão, para quem o patamar atual é "tolerável". Nesta sexta, o barril do petróleo fechou cotado a US$ 71,85 no pregão regular da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês).   Lobão argumentou que os altos volumes de produção dos campos do pré-sal podem compensar em parte a queda do preço do barril. A cotação não precisa estar acima de US$ 120 (para viabilizar os investimentos). Lobão admitiu, porém, que a crise internacional pode provocar alguma mudança no planejamento estratégico da Petrobras. "Não podemos achar que a crise não chegou. Ela pode chegar mais fraca que em alguns países, produzindo algum efeito. O que espero é que o Brasil cresça a uma taxa considerável, ao passo que outros países terão crescimento negativo", comentou.

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