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Lobão diz que diretor-geral da ANP não sofrerá sanção

Por Fabio Graner e BRASÍLIA
Atualização:

O ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, afirmou ontem que não cogita uma sanção para o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, por causa das declarações de anteontem sobre o tamanho da reserva na área Pão de Açúcar, na Bacia de Santos. "O diretor Haroldo Lima tem mandato. Ele foi eleito e aprovado pelo Senado. Não cogito sanção. O que temos de cuidar é dos interesses do Brasil em relação ao petróleo", disse Lobão. Lima disse, na segunda-feira, que a Petrobrás teria descoberto o terceiro maior campo de Petróleo do mundo, o que provocou disparada das ações da estatal nas bolsas. Sobre alguma orientação ou código de ética que teria sido violado por Lima, Lobão disse: "Há uma orientação, mas isso tem de ser visto no futuro. O importante é saber que o Ministério das Minas e Energia e a Petrobrás já tomaram sua posição. A nota da Petrobrás esclarece bem o assunto. Vamos aguardar os desdobramentos." O ministro afirmou que sempre que uma declaração é feita da maneira como fez Haroldo Lima há uma alteração no mercado. "Mas isso se corrige", ponderou. Ele disse que não tem condição de dizer se as informações dadas por Lima em relação à reserva são improcedentes. "Houve a perfuração de um poço e determinados resultados estão sendo avaliados. Não houve ainda perfuração de outros poços nem ampliação das pesquisas." Portanto, segundo ele, não há condições de dizer se esse campo "é tão bom assim" ou "se não é o que foi dito". Lobão acrescentou que só vai ser possível obter os resultados completos dentro de alguns meses.

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