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Lobão: não se cogita revisão; tarifa de Itaipu é justa

Por Gerusa Marques
Atualização:

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje que o Brasil não cogita revisar o tratado feito com o Paraguai sobre a Usina Hidrelétrica de Itaipu. Segundo ele, o tratado é um documento que foi aprovado pelo Congresso dos dois países. Para modificar o acordo, tem de haver a concordância dos dois lados. "Não se cogita revisão de tratado", afirmou no final da tarde. Lobão explicou que o Paraguai pediu é uma revisão de tarifas. O argumento do presidente eleito Fernando Lugo é que a tarifa paga pelo Brasil ao Paraguai pela energia de Itaipu não é justa. "Digo que a tarifa é justa, e é a tarifa que se pratica no Brasil", sustentou. Segundo ele, o Brasil paga US$ 46 por megawatt (cerca de R$ 76), com o câmbio a R$ 1,66), que é um preço similar ao valor que custará o da energia da usina Santo Antonio que será construída no Rio Madeira, e que foi leiloada a R$ 78 por megawatt. "Portanto, a tarifa é justa", insistiu. Lobão disse que o Brasil já tem feito concessões ao Paraguai por ser um país vizinho "e com quem queremos manter as melhores relações". Segundo o ministro, a energia excedente produzida por Itaipu tem sido vendida ao Paraguai pela metade do preço. Lobão disse que o governo brasileiro vai examinar as reivindicações que o governo paraguaio fizer. "Na medida em que alguma (reivindicação) surgir com feições de justiça, o Brasil atenderá. As que não forem justas, teremos dificuldades", afirmou o ministro, em entrevista à imprensa. Lobão esclareceu ainda declarações do ministro Celso Amorim (Relações Exteriores). Segundo Lobão, Amorim disse apenas que "o preço deve ser justo". E concluiu: "e o preço é justo".

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