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Localização e lazer determinam a decisão

Estudo realizado por imobiliária sobre comportamento do comprador cruzou dados de 2.669 pessoas que adquiriram imóvel em 2013

Por Vivian Codogno
Atualização:

SÃO PAULO - Ele tem 38 anos e alto nível de escolaridade, é casado e, como opção preferencial, está interessado em adquirir imóvel para moradia. Este é o perfil do comprador, de acordo com pesquisa da imobiliária Lopes feita a pedido do Estado.

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As prioridades na hora de escolher o apartamento, segundo os três fatores principais apontados na pesquisa, são sua localização (19%), ser boa opção de investimento ou como "poupança" (12%) e ter área de lazer no empreendimento (10%). O estudo sobre o comportamento do comprador cruzou dados de 2.669 pessoas que fecharam negócio com a Lopes na aquisição de imóveis na Região Metropolitana de São Paulo em 2013.

Um em cada sete consumidores (14%) demora 24 meses ou mais nessa busca. É o caso do analista financeiro Danilo Nascimento Moraes, de 28 anos, que pesquisa empreendimentos há dois anos. Ele trabalha no Brooklin, zona sul de São Paulo, e mora na Penha, na zona leste, ambos locais que considera movimentados demais. Por isso, Moraes elegeu a zona norte de São Paulo como um bom lugar para viver quando se casar, no ano que vem.

Segundo a pesquisa, 45% dos compradores são solteiros, enquanto a maioria (55%) é casada. O levantamento também indica que, no caso da preferência por localização, uma forte inclinação é pela proximidade de serviços e de acesso a transportes públicos. "Procuro um lugar que tenha supermercado e centros comerciais. Quero fazer coisas a pé", afirma Moraes. "Não me preocupo muito se o prédio tem academia ou pontos de lazer ou cultura próximos, pois não costumo frequentar."

O analista acredita ter encontrado um imóvel que caiba no seu bolso após visitar o estande do empreendimento Homenagem Jaçanã, em fase de lançamento da segunda torre e previsão para conclusão da obra em 2016.

Moraes diz preferir fechar a compra no estande. Com um financiamento de 15 anos em vista, o analista já traça planos para o futuro. "Assim que terminar de pagar, penso em vender o apartamento e investir em um novo imóvel", afirma. "Minha ideia é sempre melhorar de vida; portanto, quero liquidar a dívida antes do tempo."

A reportagem, ao visitar estandes de lançamentos, observou forte presença de famílias formadas por jovens em busca de seu primeiro imóvel. É um grande filão do mercado imobiliário, segundo o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

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Esses jovens de 25 a 35 anos, que não dependem tanto do tamanho do apartamento, são os que estão indo para sua primeira aquisição residencial", argumenta o economista chefe do Secovi, Celso Petrucci. "Quer seja comprando um imóvel de dois dormitório na periferia ou um dormitório nas melhores áreas de São Paulo."

O profissional de vendas tem um papel importante no negócio. Segundo a pesquisa, 30% dos compradores dizem que souberam do imóvel por indicação de corretor.

Outras duas formas mais comuns para conhecer um empreendimento é ao passar em frente de um estande de um novo prédio (14%) e por indicação de amigos ou familiares (10%).

O professor de Educação Física Andrey Andrade, de 29 anos, e sua noiva, a funcionária pública Aline Bezerra de Carvalho, de 27, não planejam ter filhos por hora, mas procuram um imóvel para morar com a mãe de Aline. Maria Sueli Bezerra, costureira de 50 anos que ajuda o casal na procura do imóvel.

Na peregrinação, os três já visitaram mais de dez lançamentos, que conheceram tanto por indicação de amigos quanto por andanças em bairros onde desejam morar.

O mais longe que estão dispostos a chegar é Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, mas desde que seja perto do eixo de transporte público. No último mês intensificaram a busca e começaram a visitar estandes de lançamento.

Aline se considera uma compradora muito exigente e bate o pé ao determinar o valor que está disposta a investir: R$ 240 mil. "Ainda não sei se encontramos, acho que vamos procurar um pouco mais", diz sorrindo.

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