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''Lotação aérea'' garante quórum

Por Tania Monteiro e Denise Chrispim Marin
Atualização:

Na tentativa de assegurar o mais alto quórum possível na Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento - Calc, marcada para hoje e amanhã na Bahia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocou à disposição de seus colegas de toda a região o Boeing 737 da Força Aérea Brasileira (FAB), conhecido por Sucatinha. O ponto de concentração para o "coletivo aéreo" pegar os presidentes foi o Panamá e, a princípio, seis presidentes manifestaram interesse no vôo. Apesar do esforço brasileiro, só o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, estava confirmado no vôo, que chegaria ontem à noite a Salvador. A FAB havia programado usar o Sucatão - o velho Boeing 707 da Presidência, que tem capacidade para 114 passageiros. Por causa da baixa adesão, substituiu-o pelo Sucatinha, que leva 46. Acabou economizando na generosidade. O custo de hora de vôo do Sucatão é de US$ 7,4 mil. O Sucatinha gasta US$ 2,85 mil. Mesmo assim, o custo de apenas essa "bondade" de Lula com os vizinhos será da ordem de US$ 40 mil, ou R$ 100 mil. O avião deve levar os convidados de volta na quarta-feira. Com o encontro, Lula quer promover a integração e consolidar a posição brasileira no continente. O Ministério das Relações Exteriores não fala em custos, embora fontes extra-oficiais falem em mais de US$ 1 milhão. Mas, os dados devem superar e, muito, essa cifra, já que o complexo hoteleiro com cinco hotéis está lotado pelos convidados. No resort onde ele se hospedará, estarão também os presidentes de Cuba, Raul Castro, e do Chile, Michele Bachelet. Em outro hotel do mesmo complexo ficarão os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez; da Bolívia, Evo Morales; da Argentina, Cristina Kirchner; e do Equador, Rafael Corrêa.

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