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Lucro da BP avança, mas petroleira alerta para impacto de sanções contra Rússia

Empresa declarou que as sanções não tiveram um efeito significativo sobre seus negócios, mas cenário pode mudar

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Por Redação
Atualização:
Lucro recorrente de custos de reposição da BP avançou para 3,6 bilhões de dólares Foto: Maxim Shemetov/Reuters

A produtora de petróleo e gás BP divulgou um avanço acentuado no lucro do segundo trimestre nesta terça-feira, mas alertou que novas sanções do Ocidente contra a Rússia podem afetar seu negócio no país e seu relacionamento com a petroleira estatal russa Rosneft.

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A BP disse que, até o momento, as sanções não tiveram um efeito significativo sobre seus negócios na Rússia, de onde vem cerca de um terço de sua produção de petróleo bruto, mas isso pode mudar.

"Se novas sanções internacionais forem impostas contra a Rosneft, contra a Rússia ou indivíduos e entidades russas, isso pode ter um impacto material adverso na nossa relação e nosso investimento na Rosneft, em nossos negócios e objetivos estratégicos na Rússia e em nossa posição financeira e no resultado das operações", disse.

Desde a intervenção de Moscou na Ucrânia, onde rebeldes pró-Rússia estão combatendo forças governamentais no leste do país, a BP, a maior investidora estrangeira na Rússia por meio de sua fatia de 19,75 por cento na estatal Rosneft, vem repetindo que defenderá seus investimentos na Rússia.

No segundo trimestre, a BP disse que o lucro recorrente de custos de reposição avançou para 3,6 bilhões de dólares, alta de 36 por cento contra um ano antes, superando a previsão de analistas de 3,49 bilhões de dólares.

Sua fatia de lucro da Rosneft atingiu 1 bilhão de dólares no trimestre, quase cinco vezes mais que um ano antes, como resultado de "efeitos favoráveis do câmbio" com a moeda russa, o rublo. A empresa também recebeu dividendo anual de 690 milhões de dólares da Rosneft nas duas últimas semanas.

"Foi outro trimestre bem sucedido, com a entrega tanto de progresso operacional como de fluxo de caixa robusto", disse o presidente-executivo da BP, Bob Dudley, que também faz parte do Conselho da Rosneft.

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(Por Ron Bousso)

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