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Lucro da Eletrobrás cai 96% no 1º trimestre e vai a R$ 56 milhões

Resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recuou 70% para R$ 1,244 bilhão

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Por Luana Pavani
Atualização:

A Eletrobrás registrou lucro líquido de R$ 56 milhões no primeiro trimestre, uma retração de 96% sobre o R$ 1,378 bilhão em igual período do ano passado. No critério gerencial, a queda foi de 22%, para R$ 429 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 1,244 bilhão, uma queda de 70%, enquanto o indicador gerencial recuou 41%, paraR$ 880 milhões primeiro trimestre.

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Receita líquida da empresa teve um recuo de 3%, para R$ 8,593 bilhões Foto: Wilton Junior/Estadão

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A receita líquida teve um recuo de 3%, para R$ 8,593 bilhões, ao passo que no critério gerencial cresceu 6%, para R$ 7,064 bilhões. O resultado financeiro líquido da Eletrobras foi uma despesa de R$ 7 milhões, bem menor que a despesa de R$ 1,099 bilhão no primeiro trimestre de 2017. 

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No ano passado, a Eletrobrás teve prejuízo de R$ 1,726 bilhão, revertendo lucro líquido obtido em 2016 de R$ 3,513 bilhões. No quarto trimestre de 2017, a companhia teve prejuízo líquido de R$ 3,998 bilhões, 36% menor que o apurado no mesmo intervalo de 2016.

A privatização da Eletrobrás, anunciada como a maior prioridade do presidente Michel Temer nesta reta final do mandato, enfrenta uma enorme resistência no Congresso Nacional, mesmo entre parlamentares da base aliada do governo. Embora quase nenhum político se declare abertamente contra a desestatização da empresa, vários apresentam restrições ao projeto, principalmente relacionadas às subsidiárias da estatal que atuam em suas regiões.

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Maior empresa de energia do País, a Eletrobrás é dona de metade da usina de Itaipu, tem participações minoritárias em 25 sociedades e participação indireta em outras 178. Além disso, a estatal possui dezenas de subsidiárias nos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia e um centro de pesquisas. 

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A modelagem da privatização prevê aumento do capital social cuja participação o Tesouro deixará de subscrever, abrindo espaço, assim, para maior participação privada. Como nenhum acionista poderá deter mais que 10% das ações com direito a voto, o resultado será a pulverização do controle acionário hoje detido pelo Tesouro.

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O governo terá à sua disposição uma ação especial (golden share) por meio da qual poderá vetar decisões que eventualmente contrariem o interesse nacional. As subsidiárias Itaipu e Eletronuclear ficarão de fora do modelo de privatização. A primeira, por ser empresa binacional partilhada com o Paraguai; e a outra, por operar com a especialmente sensível energia nuclear. O governo espera arrecadar R$ 12,2 bilhões com essa operação de subscrição de ações novas.

Nos últimos cinco anos, a companhia acumula prejuízo de R$ 28 bilhões. As perdas da estatal são atribuídas à crise econômica, à medida adotada pela ex-presidente Dilma Rousseff para conseguir baratear a conta de luz e às suspeitas de irregularidades em projetos em que estava envolvida. Além de Angra 3, também estão sob investigação empreendimentos como as usinas de Belo Monte, Santo Antônio e Jirau.

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