O resultado foi impulsionado pelo aumento de 5,2% na base de alunos, pelo repasse de preços e melhor valor médio de novos cursos aprovados durante o período, com destaque para as áreas de saúde, engenharia e direito. A Ser Educacional ainda atribuiu o desempenho à melhora do mix de matrículas em unidades em locais com melhor percepção de marca.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que mede a geração de caixa de uma companhia, cresceu 32,5% na mesma base de comparação, para R$ 81,402 milhões. Já a receita líquida teve avanço de 13,3% de julho a setembro deste ano contra 2015, para R$ 273,255 milhões.
A companhia de educação reportou aumento da provisão para devedores duvidosos, que atingiu 5,4% da receita líquida no terceiro trimestre de 2016, saindo de 4,4% em igual período do ano passado. De acordo com a empresa, houve aumento da inadimplência dos alunos pagantes, ou seja, aqueles que não possuem financiamento.
Fies. A Ser ainda reportou um aumento no seu saldo de contas a receber em razão de atrasos nos pagamentos das mensalidades do segundo semestre pelo programa de financiamento do governo federal, o Fies. O saldo líquido cresceu em R$ 70,9 milhões comparado ao do encerramento de 2015, atingindo R$ 452 milhões.
Segundo João Albérico Porto de Aguiar, diretor financeiro da empresa, a queda na base de alunos contemplados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) pode gerar impactos na margem, mas a empresa avalia que poderá compensar o efeito com ganhos de eficiência nos próximos anos.
Em teleconferência com analistas, o executivo comentou que a proporção de estudantes financiados pelo Fies pode cair para 35% da base total da empresa ante 45,5% ao final de setembro.
Ao responder pergunta de analista sobre os impactos no próximo ano na margem da empresa causados pela retração do Fies, Aguiar comentou inicialmente que seriam pequenos, de 2 a 3 pontos. Mas a empresa esclareceu posteriormente que a estimativa envolve o período até 2020 e que o impacto poderá ser compensado com medidas de eficiência. / DAYANNE SOUSA, COM REUTERS