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Lucro da Vale no padrão americano bate recorde

Por NATALIA GÓMEZ E MÔNICA CIARELLI
Atualização:

Os resultados da Vale no segundo trimestre, divulgados hoje, bateram recordes. No padrão americano de contabilidade (US Gaap), o lucro de US$ 5,009 bilhões, a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações, na sigla em inglês) de US$ 6,218 bilhões e o faturamento de US$ 10,897 bilhões foram os maiores da história da mineradora. O lucro recorde se deve ao reajuste do preço do minério de até 71% fechado com as siderúrgicas internacionais. No padrão de contabilidade brasileiro, porém, o lucro da Vale foi de R$ 4,573 bilhões, ou 21,7% inferior ao do segundo trimestre do ano passado. O Ebitda, por sua vez, subiu 2,1%, para R$ 10,473 bilhões. Exportações Os embarques de minério de ferro e pelotas da Vale no segundo trimestre também atingiram recorde. As exportações somaram 78,858 milhões de toneladas, com crescimento de 7,9% em relação segundo trimestre de 2007. As exportações de minério somaram 70,876 milhões de toneladas, maior número registrado em um trimestre, com crescimento de 9,4% sobre o segundo trimestre do ano passado. Os embarques de pelotas, porém, foram de 7,982 milhões de toneladas, queda de 3,25% ante 8,250 milhões no mesmo período do ano passado. As vendas para a China, principal destino das exportações de minério de empresa, cresceram para 23,817 milhões de toneladas e corresponderam a 30,2% do volume vendido. A participação de clientes brasileiros foi de 19,8%, do Japão, 10,5%, da Alemanha, 6,6%, da Coréia do Sul, 4,2%, e da França, 3,2%. Fundamentos A Vale informou, por meio do relatório do desempenho trimestral, que os bons fundamentos dos mercados de minérios e metais não se reverteram, apesar da instabilidade nos mercados financeiros. Segundo a companhia, a economia global deve continuar a se desacelerar no segundo semestre devido ao desempenho das economias desenvolvidas, mas a Vale prevê um início de recuperação ao longo do primeiro semestre de 2009. Segundo a mineradora, a expansão nas economias emergentes deve ser mais moderada no curto prazo, porém "com a manutenção de um ritmo ainda bastante forte". A expectativa da Vale é de que a expansão do consumo global de minérios e metais continuará a depender do crescimento dos países emergentes, que devem apresentar uma forte demanda por metais para sustentar seus investimentos em industrialização, urbanização e infra-estrutura.

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