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Lucro das companhias de telefonia cresce 55%

Por Agencia Estado
Atualização:

As companhias de telefonia tiveram nos primeiros seis meses deste ano um resultado recorde desde 1999, primeiro ano depois da privatização, em 1998. O lucro líquido no semestre foi de R$ 1,9 bilhão, um aumento real (descontada a inflação) de 55% comparado ao mesmo período em 2003. Além do aumento de tarifas, contribuiu para o resultado a consolidação dos investimentos na telefonia fixa. "O resultado mostra que o setor poderá ter um crescimento bastante intenso até o fim do ano", analisa o diretor da consultoria Economática, Einar Rivero, que preparou o levantamento. No primeiro semestre de 1999, ano seguinte à privatização, o lucro das empresas do setor foi de R$ 535,9 milhões - quase um terço do valor deste ano. Em julho deste ano, o reajuste do telefone fixo foi de 4,88%, o que provocou um impacto de 0,16 ponto porcentual no IPCA do mês (0,91%). Somado ao reajuste da energia elétrica, o peso dos dois itens representou quase um terço da inflação captada pelo IBGE no mês passado. O analista de telecomunicação do banco Pactual, Rodrigo Ortigão, afirma que o destaque foi na telefonia fixa. Isso se deve, basicamente, à "maturação dos investimentos feitos ao longo do período de universalização, até 2001 e 2002". A redução dos juros também beneficiou o custo da dívida, diz o analista do Banif Investment Banking, Roger Oey. Uma pesquisa do IBGE mostra que entre 1995 e 1996 os gastos com tarifa de telefonia (fixa e móvel) respondia por 1,69% do orçamento doméstico. Na pesquisa mais recente, este peso praticamente duplicou para 3,3%, em grande parte porque a variação das tarifas superou a média da inflação. Segundo a consultoria Global Invest, enquanto a tarifa de telefonia fixa cresceu 72,4% de agosto de 1999 a julho deste ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 51,9%.

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