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Lucro do ABN Real sobe 45% e chega a R$ 3 bi

Instituição recém-comprada pelo Santander diz que resultado maior decorre principalmente do crescimento de 33% da carteira de crédito

Por Renée Pereira
Atualização:

O lucro líquido do banco ABN Amro Real cresceu 45% no ano passado e atingiu R$ 2,97 bilhões. O resultado turbinou a rentabilidade, que saltou de 22,8% para 27,1%, e melhorou o nível de eficiência da instituição. O indicador atingiu 49,2% ante 50,9% de 2006. Nesse caso, quanto menor o número mais eficiente é a empresa. Segundo o presidente do banco, Fábio Barbosa, o crescimento robusto dos resultados do ABN reflete o forte avanço da carteira de crédito, cuja participação no lucro foi superior a 50%. Os empréstimos e financiamento cresceram 33% entre janeiro e dezembro e somaram R$ 66,1 bilhões. O destaque, disse o executivo, ficou por conta do portfólio de pequenas e médias empresas e do crédito imobiliário. O financiamento para as pequenas empresas cresceu 44,9% e o de companhias médias, 43,8%. O financiamento imobiliário subiu 44,5%. Apesar do crescimento do crédito, os índices de inadimplência estão bastante comportados. Na média, os atrasos acima de 90 dias em financiamentos para pessoa física e jurídica recuaram de 3,2%, em 2006, para 2,8% em 2007. Para 2008, a expectativa é de que a carteira de crédito da instituição tenha um crescimento entre 20% e 25%. Os empréstimos de imóveis devem continuar com desempenho superior ao das demais modalidades. Barbosa estima que os empréstimos nesse segmento avançarão 30%. Outro fator que influenciou o resultado em 2007 foi a expansão das redes de atendimento da instituição. No período, foram abertas 60 novas agências e postos de atendimento. Isso contribuiu para o aumento do número de contas correntes, de 3,4 milhões para 4 milhões. Para 2008, o número deve subir ainda mais, segundo Barbosa, pois o banco espera abrir outras 40 novas agências. Segundo o ABN Real, o aumento da base de clientes também explica o aumento de 23% nas receitas de prestação de serviços. Esses ganhos atingiram R$ 3,86 bilhões. Só as receitas com tarifas bancárias, taxas e comissões somaram R$ 2,63 bilhões, 24% superior ao registrado em 2006. Como os demais bancos de varejo, o ABN teve ganhos extraordinários obtidos no decorrer de 2007. Barbosa destacou que o banco obteve ganho extraordinário líquido de quase R$ 300 milhões no ano passado, em decorrência da venda de participação na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e Serasa. O lucro recorrente (sem esses ganhos) alcançou R$ 2,68 bilhões, com expansão de 30% em relação ao ano anterior. A rentabilidade, nesse caso, foi de 24,5%, maior que o 22,9% de 2006. COLABOROU SILVIA FREGONI

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