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Lucro do Banco Real salta 84%, para R$ 1,3 bi

Fatores extraordinários influenciaram o resultado do 2º trimestre

Por Silvia Fregoni e Renée Pereira
Atualização:

O lucro líquido do ABN Amro Real subiu 84% no primeiro semestre de 2007 e somou R$ 1,26 bilhão. Se excluídos os fatos extraordinários, como a venda da Serasa e investimentos em terceirização, o aumento do ganho diminui para 46% e atinge R$ 1,21 bilhão. O retorno sobre o patrimônio líquido médio subiu de 16,3% para 25,4%. O índice de eficiência da instituição melhorou sete pontos porcentuais, de 53,2% para 46,2%. Nesse caso, quanto menor o número, melhor a eficiência da empresa. O presidente do ABN Amro Real, Fabio Barbosa, explica que o principal responsável pelo aumento do lucro no semestre foi o avanço da carteira de crédito. De janeiro a junho, os empréstimos subiram 25% em relação a igual período de 2006, de R$ 43,35 bilhões para R$ 54,31 bilhões. Com exceção do portfólio voltado para grandes empresas, que recuou 30%, os demais segmentos cresceram acima de 20% no semestre. Nos produtos criados para pessoa física, o avanço foi de 27%. O que lhe garantiu uma participação de 9,2% do mercado ante 8,8% do primeiro semestre de 2006. As linhas de crédito voltadas para médias companhias foram as campeãs de demanda, com avanço de 40,3% da carteira. Da mesma forma, o portfólio com produtos desenhados para as pequenas empresas subiu 33,4% comparado com o igual período de 2006. No crédito imobiliário, Barbosa acrescentou que o aumento ficou na casa de 37% e somou R$ 2,3 bilhões. "A expectativa é mantermos esse ritmo de crescimento, já que o crédito imobiliário no Brasil está bastante defasado", avaliou o executivo. Segundo ele, em relação à carteira de crédito, a previsão é terminar o ano com aumento entre 20% e 25% - de acordo com a média do mercado. "O País tem espaço grande para o crescimento do crédito, especialmente com a continuidade da queda da taxa de juros e alongamento dos prazos." Em 2002, diz ele, a média dos prazos dos empréstimos era de 230 dias. Hoje, está em 322 dias. "A tendência é esse prazo aumentar ainda mais", completa Barbosa. LUCRO DO HSBC O HSBC Brasil apresentou lucro bruto de US$ 360 milhões no primeiro semestre do ano, segundo os critérios de contabilidade do International Financial Reporting Standards (IFRS). O resultado respondeu por 2,5% do lucro, antes de impostos, de US$ 14,16 bilhões registrado pelo HSBC no mundo e por 36% do ganho de US$ 1 bilhão do conglomerado na América Latina. Segundo a instituição no Brasil, foi a primeira vez que a América Latina alcançou lucro, antes de impostos, de US$ 1 bilhão. No primeiro semestre do ano passado, o resultado foi de US$ 865 milhões, o que demonstra crescimento de 16%. Trata-se do terceiro maior crescimento regional do HSBC, atrás da Oceania e Ásia (37%) e de Hong Kong (25%), que é tratado como região pelo banco. O lucro bruto de US$ 360 milhões apurado pelo Brasil mostra expansão de 43% em relação aos US$ 251 milhões do primeiro semestre do ano passado.

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