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Lucro do BB sobe 67% com ganho extra

Resultado de R$ 2,35 bilhões no primeiro trimestre superou o do Itaú e do Bradesco em razão de fatores extraordinários e redução de custos

Por Fabio Graner e Ana Paula Ribeiro
Atualização:

O lucro líquido do Banco do Brasil (BB) aumentou 67% no primeiro trimestre deste ano e atingiu R$ 2,35 bilhões. Além de superar com folga os números do Bradesco e do Itaú, o resultado ficou acima das expectativas dos analistas, cuja estimativa estava na casa de R$ 1,5 bilhão. A explicação para o lucro surpreendente está nos fatores extraordinários, que totalizaram R$ 789 milhões. Só a venda da participação na Visa Internacional rendeu ao banco R$ 305 milhões. Junta-se a isso a reavaliação de participações societárias pelo método de equivalência patrimonial, que acrescentou R$ 241 milhões ao resultado, entre outros ganhos. O presidente do BB, Francisco Lima Neto, explica que o lucro reflete as medidas de reestruturação de pessoal e de redução de custos. "O banco continua em trajetória ascendente, que confirma um pouco o que falávamos no ano passado, quando tomamos medidas importantes. Isso certamente contaminou o lucro em 2007. Este ano começamos vida nova e as medidas de 2007 começaram a surtir efeito", disse. No ano passado, o banco abriu um plano de aposentadoria antecipada que retirou cerca de 7 mil pessoas do quadro, mas causou uma despesa de R$ 900 milhões. Também foram tomadas medidas de menor custo, que buscaram ampliar a eficiência operacional. Lima Neto disse não ser possível avaliar se o banco permanecerá com rentabilidade acima dos concorrentes privados. "O que pretendemos é ter uma trajetória crescente de resultados consistentes, mas não gostaria de fazer nenhum prognóstico de resultado para o ano." Além das receitas extraordinárias, a instituição ganhou com o avanço da carteira de crédito. O estoque de empréstimos cresceu 23,1% e somou R$ 172,76 bilhões. A maior expansão ocorreu nas operações para pessoas físicas, de 47,5%, chegando a R$ 38,54 bilhões. O índice de inadimplência ficou praticamente estável . As operações vencidas há mais de 60 dias totalizavam 2,8% da carteira e as vencidas há mais de 90 dias, 2,4%. A previsão do banco é que a carteira de crédito cresça 25% em 2008. No portfólio de pessoa física, a expansão deverá ser de 30% a 35% e, para a jurídica, entre 25% e 30%. O vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores do BB, Aldo Luiz Mendes, confirmou que entre o fim de junho e o começo de julho, o banco passará a operar com crédito imobiliário com os recursos da poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A expectativa é de que a carteira de crédito imobiliário some R$ 1 bilhão no fim do ano.

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