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Lucro do Citigroup cai 57% no 3º trimestre

Crise financeira nos Estados Unidos derruba lucro do maior banco do país; resultado era esperado por analistas

Por Jonathan Stempel e da Reuters
Atualização:

O Citigroup, maior banco dos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira, 15, que o lucro do terceiro trimestre despencou 57%, atingido por perdas e baixas contábeis com empréstimos de risco, financiamentos alavancados, renda fixa e fraqueza em operações de varejo. O lucro líquido caiu para US$ 2,38 bilhões, ou US$ 0,47 por ação, ante US$ 5,51 bilhões, ou US$ 1,10 dólar, obtidos um ano antes.   A receita cresceu 6%, para US$ 22,66 bilhões, enquanto as despesas operacionais aumentaram 22%, para US$ 14,56 bilhões.   Analistas, em média, esperavam lucro de US$ 0,43 por ação e receitas de US$ 20,81 bilhões, segundo a Reuters Estimates.   Os resultados incluíram baixas contábeis antes de impostos de US$ 1,35 bilhão relativas a empréstimos alavancados e de US$ 1,56 bilhão relacionadas a hipotecas de alto risco, além de US$ 636 milhões de operações de renda fixa.   O balanço também incluiu um ganho de US$ 729 milhões antes de impostos gerado com a venda de ações da processadora brasileira de transações de cartões de crédito Redecard .   Enquanto isso, os custos com crédito aumentaram US$ 2,98 bilhões, incluindo uma alta de US$ 780 milhões em perdas líquidas com crédito e um encargo de US$ 2,24 bilhões gerado por expansão nas provisões para dívidas de difícil recuperação.   O presidente-executivo do Citigroup, Charles Prince, considerou a performance como "bem abaixo das nossas expectativas". O Citigroup tinha projetado em 1º de outubro uma queda de 60% no lucro trimestral.   O trimestre marcou mais um revés para Prince, que está tentando impulsionar o valor das ações do banco. O papel acumula alta de apenas 5% desde que o executivo assumiu o comando da instituição há quatro anos.

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