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Lucro do Itaú Unibanco cai 3% no primeiro trimestre

Banco registrou um lucro líquido de R$ 3,425 bilhões e uma carteira de crédito com R$ 400,5 bilhões no período

Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O Itaú Unibanco anunciou lucro líquido de R$ 3,425 bilhões no primeiro trimestre do ano, queda de 3% em relação a igual período de 2011. Na comparação com o quarto trimestre houve redução de 7%. O banco atribuiu a queda do resultado à piora da inadimplência no período.A carteira de crédito do banco cresceu 16% e fechou o primeiro trimestre em R$ 400,5 bilhões, incluindo avais e fianças. A carteira de pessoa física teve crescimento de 14,7% em 12 meses e ficou estável na comparação com o quarto período do ano passado. Para empresas, houve avanço de 14,8% e 1,1%, respectivamente, nos mesmos períodos de comparação.O banco fechou o trimestre com ativos totais de R$ 896,8 bilhões, expansão de 15% em 12 meses. O patrimônio líquido cresceu 13,7%, para R$ 72,5 bilhões. O retorno sobre o patrimônio líquido médio ficou em 19,3%, ante 22,7% no primeiro trimestre de 2011.O Itaú também informou lucro líquido recorrente de R$ 3,544 bilhões, redução de 2,6% ante o ganho do primeiro trimestre de 2011. A diferença entre o lucro contábil ocorre por conta de provisões para causas judiciais contestando reajustes de planos econômicos no passado e um ajuste no valor da participação do Itaú no Banco Português de Investimento, de acordo com o demonstrativo de resultados.InadimplênciaAs taxas de inadimplência do Itaú Unibanco pioraram no primeiro trimestre, puxadas pelo aumento de calotes nos segmentos de pessoas físicas e grandes empresas. O indicador, considerando atrasos nos empréstimos acima de 90 dias, fechou março em 5,1% ante 4,9% do último período de 2011. Nos primeiros três meses do ano passado o índice estava em 4,2%.Na pessoa física, a inadimplência fechou o trimestre em 6,7%, acima dos 6,6% de dezembro de 2011. O banco destaca que houve aumento da inadimplência principalmente no financiamento de veículos. Em empresas, a taxa passou de 3,5% para 3,7%.Com o aumento dos calotes, o banco reforçou as provisões para devedores duvidosos. As despesas com provisões subiram 10,6% ante dezembro e fecharam março em R$ 6 bilhões. Na comparação de 12 meses houve alta de 38%.O índice de Basileia, que mede a capitalização dos bancos, terminou março em 16,1%, mesmo número do primeiro trimestre de 2011. O mínimo que o Banco Central exige é 11% para o indicador.FinanciamentoCom a alta da inadimplência, o Itaú Unibanco reduziu o financiamento de veículos no primeiro trimestre. A carteira de empréstimos do segmento caiu 1,7% ante dezembro. Outra linha de crédito com retração foi a de cartões, com redução de 6,1%. Na pessoa jurídica houve pequena redução, de 0,1%, no segmento de pequena e média empresa.O banco destaca que a alta da taxa de inadimplência no segmento de pessoa física foi puxada, principalmente, pelo financiamento de veículos.O crédito imobiliário manteve o posto de segmento com maior crescimento. No primeiro trimestre ante o quarto período de 2011, a expansão foi de 8,5%. Em 12 meses foi de 57%. Em empresas, o destaque ficou com as grandes corporações, com aumento de 1,8% e 18,7% nos mesmos períodos de comparação.   Despesas   As despesas do Itaú cresceram menos que as receitas no primeiro trimestre. O banco registrou gastos de R$ 8,1 bilhões no período, alta de 6% ante janeiro a março de 2011. Na comparação com o quarto período do ano passado, houve queda de 4,6%. As receitas com serviços cresceram 14% em 12 meses.

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As despesas de pessoal subiram por conta da alta de salários e do pagamento da participação de executivos nos resultados do banco. Já o número de colaboradores caiu de 104,5 mil, em dezembro, para 102,7 mil em março. Segundo o banco essa redução ainda é decorrente da reestruturação da área de crédito ao consumo, que está integrando sistemas e processos em uma única plataforma.

Nas despesas administrativas, o banco destaca que reduziu seus gastos com marketing e publicidade em R$ 67 milhões.

O índice de eficiência do primeiro trimestre atingiu 44,5%, redução de 2,5 pontos percentuais em relação ao quarto trimestre de 2011. Esse indicador mostra quanto o banco precisa gastar para gerar R$ 100 em receitas e, quanto menor, melhor.

 

 

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