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Lucro do Santander no Brasil cai 31% no trimestre

Banco registra lucro de R$ 388 milhões no período e credita queda a desempenho forte no ano passado

Por Tais Fuoco e da Reuters
Atualização:

O lucro líquido do banco espanhol Santander caiu 31% no Brasil entre janeiro e março, quando comparado a igual período do ano anterior. A instituição, maior banco espanhol em ativos, no entanto, credita o resultado ao forte desempenho no primeiro trimestre de 2007, especialmente nas operações de não clientes, e não a uma queda nos negócios.   De acordo com o balanço divulgado nesta terça-feira, o lucro líquido do Santander no Brasil foi de R$ 388 milhões, ante os R$ 559 milhões do mesmo trimestre de 2007. A margem de operações com não clientes sofreu uma queda de 45%, para R$ 410 milhões.   "O primeiro trimestre de 2007 foi espetacular, enquanto este (de 2008) foi bom, mas não tão espetacular assim", afirmou a jornalistas José Paiva, presidente do Santander no País. "Mesmo assim, os 410 milhões de reais conquistados representam um número muito bom."   Excluindo as operações de não clientes, como operações de hedge, financiamentos e ofertas públicas de ações, o lucro líquido do banco cresceu 24%, para R$ 269 milhões. O Santander adicionou 200 mil novos clientes nos três primeiros meses do ano, que se somaram aos cerca de 4,5 milhões de correntistas da instituição.   A carteira de crédito no trimestre chegou a R$ 45,95 bilhões, montante 21% maior que no mesmo período de 2007. No caso das operações para pessoa física, a alta foi de 27%, enquanto o índice para pessoas jurídicas cresceu 17% e o segmento de captações, 22% sobre igual intervalo do ano passado.   Oferta de crédito em alta   Para o presidente da instituição, "não é a alta da Selic que vai afetar a oferta de crédito". O banco projeta que a taxa básica de juros da economia chegue a 13% até o final deste ano.   A estimativa de crescimento para a carteira de crédito foi mantida entre 25 e 30% neste ano, com destaque para as operações com pessoa física, cujo crescimento "deve se aproximar dos 30%", segundo Paiva.   Ele avalia que "nunca se vendeu tanto automóvel e tanta casa como hoje" e, para isso, a oferta de crédito terá de se manter elevada.   "A economia continua crescendo e não se trata de uma bolha, é um crescimento consistente", disse ele.

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