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Lucro do Santander sobe, puxado por venda de participações

Lucro líquido do banco espanhol teve crescimento de 22%, para 7,6 bi de euros

Por Agencia Estado
Atualização:

O Santander anunciou nesta quinta-feira que seu lucro líquido em 2006 cresceu 22%, para 7,6 bilhões de euros (US$ 9,83 bilhões). O resultado foi ajudado por grandes ganhos com venda de participações que permitiram ao maior banco da zona do euro a pagar encargos extraordinários. Entretanto, analistas informaram que os resultados do banco espanhol são difíceis de serem interpretados, o que afetou o desempenho de suas ações no início da sessão. O resultado do Santander foi sustentado pela venda de participações, incluindo no italiano San Paolo e na empresa do setor imobiliário Urbis, que levantaram 2,5 bilhões de euros antes de impostos. O banco usou praticamente todo esse valor para pagar custos com programa de aposentadorias antecipadas, reforma fiscal e para dar a seus funcionários um pacote especial de ações para celebrar seu aniversário. Incluindo esses encargos, o lucro cresceu 22%. Sem eles, o ganho foi de 26%. Segundo pesquisa da Reuters com nove analistas, o lucro ficou acima de média prevista de 6,99 bilhões de euros, mas os prognósticos variaram de 6,53 bilhões a 7,97 bilhões de euros. O lucro operacional subiu 27,6%, para 11,37 bilhões de euros. Estrutura de capital O presidente do Santander, Emilio Botín, informou que o banco pretende manter sua atual estrutura de capital sem ter em vista ampliações de capital ou recompra de ações. "Não haverá nem recompra de ações e nem vemos necessidade de fazermos ampliações de capital significativas", disse o executivo a jornalistas. A instituição, que nos últimos anos cresceu significativamente por meio de aquisições em grande parte instrumentalizadas por emissões de ações, não descarta operações corporativas, mas somente se representarem acréscimo claro de valor. "Somente levaremos a cabo compras se apresentarem oportunidades muito claras de valor para nosso acionista, com critérios muito específicos", disse Botín, acrescentando que as possíveis aquisições somente acontecerão em "áreas e mercados em que possamos criar valor". Botín informou que qualquer operação deverá implicar em rentabilidade acima do custo de capital e permitir que sejam produzidos impactos positivos no lucro por ação pelo menos até o terceiro ano.

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