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Lucro dos bancos cresce 34,09% no 1º semestre e bate recorde

Os maiores ganhos ficaram concentrados no Bradesco, Itaú e Banco do Brasil (BB). Sozinhos, estes bancos abocanharam 57,07% de todo o resultado dos primeiros seis primeiros meses do ano. O maior lucro, de R$ 2,621 bilhões, foi o do Bradesco.

Por Agencia Estado
Atualização:

O lucro dos bancos atingiu R$ 12,606 bilhões no primeiro semestre do ano, alcançando um novo recorde. Em relação ao resultado do primeiro semestre do ano passado, houve um crescimento de 34,09%, segundo relatório divulgado hoje pelo Banco Central. Os maiores ganhos ficaram concentrados no Bradesco, Itaú e Banco do Brasil (BB). Sozinhos, estes bancos abocanharam 57,07% de todo o resultado dos primeiros seis primeiros meses do ano. O maior lucro, de R$ 2,621 bilhões, foi o do Bradesco, que ocupa a terceira posição no ranking das instituições financeiras com os maiores ativos. No primeiro semestre do ano passado, o lucro dos bancos foi de R$ 9,401 bilhões. Juros altos elevam lucros O incremento verificado no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado foi sustentado pelos ganhos obtidos com os juros altos e a cobrança de tarifas dos clientes. Os dados do BC revelaram que, no primeiro semestre, os investimentos dos bancos em aplicações financeiras, na sua maioria títulos públicos, deram um retorno de R$ 41,650 bilhões. O valor é 24,96% maior que os R$ 33,329 bilhões da primeira metade de 2004. No primeiro semestre de 2004, a taxa básica de juros definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) acumulou uma queda de 0,50 ponto porcentual. No primeiro semestre deste ano, ela estava em alta, tendo aumentado 1,5 ponto porcentual. As receitas com tarifas, por sua vez, aumentaram 23,06% e subiram dos R$ 15,464 bilhões obtidos no primeiro semestre do ano passado para R$ 19,092 bilhões neste ano. Crédito O relatório do BC aponta que as operações de crédito das instituições financeiras apresentaram, no mesmo período, uma elevação de 17,8%. O volume de empréstimos passou de R$ 352,127 bilhões para R$ 414,908 bilhões. O destaque, nesse caso, foi a forte expansão das operações com desconto em folha. Nos primeiros seis meses deste ano, o saldo dessa modalidade de empréstimo bancário experimentou um incremento de 48,4% e alcançou R$ 18,720 bilhões. Em junho de 2004, estas operações somavam o correspondente a R$ 8,664 bilhões. A razão principal do crescimento é taxa de juros cobrada nesse tipo de operação, mais baixa que a das outras modalidades de empréstimos. Para se ter um idéia, os juros dos empréstimos com desconto em folha, em junho último, estavam em 37,2% ao ano, enquanto a taxa cobrada no crédito pessoal era de 76,2% ao ano. Patrimônio líquido O BC também registrou no primeiro semestre do ano um aumento de 12,85% do patrimônio líquido dos bancos. Com isso, o valor desse patrimônio subiu de R$ 109,749 bilhões, em junho de 2004, para R$ 123,855 bilhões no final de junho passado. Os ativos totais aumentaram 6,96% e passaram dos R$ 1,220 trilhão de 2004 para R$ 1,305 trilhão. Os depósitos, no mesmo período de comparação, registraram elevação de 14,29%, passando de R$ 499,376 bilhões para R$ 570,784 bilhões.

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