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Lucro dos bancos cresceu 22,3% em 2001

Por Agencia Estado
Atualização:

Estudo feito pela consultoria Austin Asis com base nos dez primeiros balanços anuais de bancos em 2001 mostra um crescimento de 22,3% no lucro líquido das instituições, diante de uma inflação (IPCA) de 7,3% no período. Os balanços analisados são dos bancos: Bradesco; Santos; BicBanco; Brascan; Pine; BMG; Arbi; Industrial; Modal e BRP. O levantamento preparado pelo presidente da Austin Asis, Erivelto Rodrigues, demonstra concentração nos resultados. O lucro líquido acumulado dos dez bancos atingiu R$ 2,364 bilhões, mas só o Bradesco lucrou R$ 2,170 bilhões. O crédito total evoluiu 19,9% no ano passado. Os ativos totais dos bancos analisados alcançaram R$ 122,8 bilhões em 2001, sendo que o Bradesco contribuiu com R$ 110,1 bilhões. Segundo dados do Banco Central, o volume de crédito cresceu mais para pessoas físicas (36,19%) do que para empresas (19,68%). O depósito total nos bancos analisados atingiu R$ 43,9 bilhões com evolução de 13,3%. O crédito alcançou R$ 49,1 bilhões com aumento de 19,9%. Excelentes resultados O presidente da Engenheiros Financeiros & Consultores (EFC), Carlos Daniel Coradi, afirma que os primeiros balanços anuais divulgados pelos bancos demonstram excelentes resultados em 2001. O maior banco privado do país, o Bradesco, apresentou lucro líquido recorde de R$ 2,170 bilhões (US$ 935,18 milhões) em 2001 com evolução de 25%. Coradi observa que o resultado do Bradesco demonstra "excelente performance para um banco gigante". O especialista elogia a agilidade tecnológica demonstrada em divulgar os resultados de 2001. Coradi ressalta também os resultados do banco Santos, "um banco de nicho ou de atacado que utiliza de tecnologia como sua principal ferramenta operacional e mercadológica". O banco Santos atingiu em 31 de dezembro de 2001 patrimônio de R$ 317,2 milhões com evolução de 40%. O lucro líquido do Santos alcançou R$ 60 milhões com evolução de 16,8%, ante inflação (IPCA) de 7,3% no ano passado. Com ou sem inflação Coradi observa que os bancos brasileiros, com inflação ou sem inflação, "desde que sejam minimamente competentes, continuam ganhando muito dinheiro". Ele observa que as instituições financeiras "mudam suas estratégias conforme a música, adaptando-se rapidamente aos novos ambientes impostos pela globalização, pelo crescimento ou pela recessão". Ele disse que "está faltando, no entanto, para o público consumidor uma redução consistente e continuada das taxas de juro nas operações de crédito, condição básica para o crescimento da economia brasileira".

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