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Lula: alta do petróleo prejudica os países pobres

Por Tania Monteiro
Atualização:

O Brasil e os oito países do Sistema de Integração Centro-Americano (Sica) firmaram hoje comunicado conjunto condenando as altas dos preços do petróleo e propondo uma reunião de emergência da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir o tema e identificar as responsabilidades pelos aumentos. Na entrevista coletiva que se seguiu à assinatura do documento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou que a alta dos preços do petróleo está pressionando os preços dos alimentos e causando "problemas graves aos países pobres". Ao lado de Lula, o presidente de El Salvador, Elias Saca, classificou como graves as altas do petróleo, destacando que estão "matando o futuro dos países, principalmente os pequenos". Com uma ressalva apresentada pelo representante da Nicarágua, que tentou por cinco vezes suprimir do comunicado uma referência aos biocombustíveis, o documento conjunto ressalta que a produção de biocombustíveis "não põe em risco a segurança alimentar internacional". O presidente brasileiro se disse feliz por ser o primeiro presidente brasileiro a visitar El Salvador e assinalou que a América Central não deve temer as empresas brasileiras. "Os países da América Central começam a perceber que o Brasil não é bicho-papão. Vemos que países que têm acordos bilaterais com os Estados Unidos demonstram medo de se relacionar com empresas brasileiras, quando nós somos bem pequenininhos", declarou. Democracia Lula destacou que a América Latina está cada vez mais unida. "A democracia está consolidada na região. A disputa política pela via democrática é muito mais prática e menos custosa para os povos", assinalou. Os governos do Brasil e El Salvador firmaram três acordos - na área de inovação tecnológica, de promoção do turismo e de assistência jurídica.

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