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Lula critica especulação com preço futuro de alimentos

Por AE
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a especulação nas bolsas de contratos futuros de commodities (matérias-primas) é delicada por sua influência sobre os preços de alimentos. Em discurso realizado hoje de manhã em Curitiba, durante o anúncio do plano de safra 2008/2009, Lula criticou a especulação dos bancos com contratos futuros de commodities agrícolas e petróleo. "Não há explicação para a cotação do petróleo chegar a US$ 140", disse ele. O presidente voltou a falar sobre o alerta feito no Fundo para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (conhecido pela sigla em inglês FAO), que os países ricos não podiam apontar para os "dedos sujos de petróleo e carvão" para o etanol limpo produzido no País. Lula já havia usado esta expressão para defender o etanol brasileiro na reunião de cúpula da FAO, realizada no início de junho, em Roma. Amanhã, o governo divulgará o Plano Agrícola e Pecuário para a agricultura familiar, cujo montante de recursos será de R$ 13 bilhões. "A ordem é dobrar a produção de alimentos da agricultura familiar", afirmou Lula no discurso hoje em Curitiba, citando a medida como uma das maneiras para enfrentar a alta dos preços dos alimentos. Segundo Lula, a agricultura familiar não pode continuar limitada à produção de subsistência. Lula repetiu a frase do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que ao fazer o anúncio nesta manhã, disse que "este não é um plano do ministério, mas do governo". Segundo o presidente, todo o investimento feito agora em agricultura será transformado em oferta de alimentos no próximo ano. Ele concluiu seu discurso reafirmando que o "Brasil vive um momento ímpar em sua história". Em relação aos investimentos em infra-estrutura, ele citou a construção de quatro novas siderúrgicas, para que o Brasil não se limite a ser apenas um exportador da matéria-prima.

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