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Lula defende atuação do Estado e pede que pessoas consumam

"Se vocês não estão devendo, comprem as coisas que têm que comprar. Mas se têm dívidas, paguem", disse

Por Anne Warth e da Agência Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu novamente a atuação do Estado em momentos de crise como indutor do desenvolvimento econômico. Nesta sexta-feira, 5, em entrevista após reunir-se com a senador colombiana Ingrid Betancourt, libertada pelas Farc este ano após quase sete anos em cativeiro, Lula afirmou que o governo brasileiro já tomou medidas para ajudar o setor automotivo, a construção civil e as pequenas e médias empresas, mas ressaltou que ainda adotará novas ações. "Vamos tomar outras medidas porque está demorando para o dinheiro chegar no local esperado", disse.   O presidente destacou que o ano de 2008 já está garantido. "Basta ver o movimento na Rua 25 de Março e nos shoppings. Mas temos um problema em automóveis e bens duráveis", ponderou.   Lula voltou a dizer que a sociedade não pode deixar de consumir, influenciada pelo noticiário, por temer a perda do emprego, pois isso pode acontecer justamente pela queda no consumo. "Estamos tomando medidas para que o crédito chegue na ponta. Esse é o momento de provar que o Estado tem importância. O mercado não vai se salvar por si só", declarou.   Para Lula, embora a crise seja grave, é também uma oportunidade para que o Brasil e o mundo saiam dela muito melhores, com o sistema financeiro regulado e integrado com o sistema produtivo. "Se vocês não estão devendo, comprem as coisas que têm que comprar. Mas se têm dívidas, paguem. Comprem o carro que vocês tiverem que comprar. Comprem logo", recomendou.   O presidente disse ainda que é necessária a compreensão de todos de que cada um terá que fazer um sacrifício para combater os efeitos da crise. Referindo-se aos bancos e às montadoras, ele disse que é preciso diminuir juros e preços.

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