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Lula defende parceria econômica entre Brasil e México

Por Denise Chrispim Marin
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje a construção de uma parceria verdadeiramente estratégica com o México. Ao lado do presidente mexicano, Felipe Calderón, Lula disse que considera incompreensível que duas economias de tamanhos semelhantes e com um nível de desenvolvimento equivalente tenham um comércio bilateral de apenas US$ 7,4 bilhões. "Isso é nada para países do tamanho do México e do Brasil", afirmou. Lula disse que, diante da crise econômica global, a melhor alternativa é a diversificação de mercados e de investimentos, numa referência ao elevado grau de dependência econômica do México em relação aos Estados Unidos. Dirigindo-se a Calderón, Lula lembrou que, em janeiro de 2003, em conversa com o chanceler Celso Amorim, tratou da necessidade de mudar o foco do comércio brasileiro, antes mais dependente dos EUA e da União Europeia. "Resolvemos fazer como os mascates. Saímos com produtos brasileiros e levando empresários para a América Latina, a África e a Ásia", afirmou Lula. "Hoje, a balança comercial brasileira é tão diversificada que não dependemos mais de União Europeia e Estados Unidos. Nosso comércio com essas regiões cresceu 20%. Mas com a África cresceu 400%."O presidente mexicano concordou com Lula e defendeu a construção de uma aliança entre os dois países para enfrentar a crise e aproveitar as oportunidades que ela gerou. "A dependência fundamental à economia dos EUA explica porque o México foi tão afetado pela crise. Daí a nossa intenção de diversificar nossas relações e de intensificar a relação México-Brasil", disse Calderón. Ambos os presidentes referiram-se com ênfase ao objetivo de ampliar o acordo de preferências tarifárias existente entre os dois países. Abordado sobre os empecilhos a esse desafio, que vem sendo perseguido pelos dois países há mais de oito anos, Calderón reconheceu que há setores muito sensíveis e resistências ideológicas a vencer.

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