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Lula desafia países a debaterem avanço no petróleo

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Por Leonencio Nossa
Atualização:

Em encontro com empresários brasileiros e peruanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desqualificou as críticas de ambientalistas à produção de biodiesel e desafiou os países a debaterem também o avanço do preço do petróleo no mercado internacional. Para o presidente, o petróleo é tratado como "vaca sagrada". "Agora, somos responsáveis pela subida do preço dos alimentos, mas ninguém fala do preço do petróleo. É como se o petróleo fosse a vaca sagrada e não há uma única crítica no mundo", disse o presidente. Lula relatou que durante encontro ontem com chefes de estados europeus não ouviu comentários sobre a elevação do preço do petróleo. "Ninguém quer discutir o preço do petróleo que influencia no preço dos fertilizantes e no preço da comida. Eles culpam o biodiesel, mas o biodiesel ainda não está sendo produzido (em larga escala)", disse. Ao criticar os subsídios europeus, o presidente assegurou que o Brasil vai produzir mais alimentos. "Estamos sendo provocadas a produzir mais alimentos e vamos fazer. O problema é quem em três décadas e Europa pagava para os seus produtores não produzirem e colocava subsídios para nossos produtores. "As novas fontes de energia limpas e renováveis permitiram que o Brasil conseguisse ser auto-suficiente em petróleo e gerar emprego na cidade e campo sem comprometer a segurança alimentar", afirmou. Lula disse que os ambientalistas, de uma forma geral, não estão preocupados com as pessoas que vivem na Amazônia. "Estamos vendo a preocupação extraordinária em relação à Amazônia. E lá fora se fala que é preciso preservar a Amazônia, mas ninguém quer discutir a qualidade de vida do povo que vive nas brasileira, peruana e venezuelana". O presidente destacou que o Brasil quer preservar a região, mas garantindo qualidade de vida para o povo. "Queremos preservar mais do que outro dirigente do mundo a Amazônia, mas também transformar a região em fonte de riqueza para melhorar a vida das pessoas que vivem lá".

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