O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne, durante a manhã, com assessores para discutir as conseqüências para o Brasil do decreto assinado ontem (1º) pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, nacionalizando a exploração de petróleo e gás no país. No mesmo encontro com a presença prevista dos ministros de Minas e Energia, Silas Rondeau, e do interino das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, além do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, devem ser discutidas as medidas que o governo brasileiro adotará sobre o assunto. A Petrobras é uma das estatais estrangeiras atingidas pela decisão do governo boliviano. Entre 1997 e 2000, construiu o Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) para o escoamento do gás natural importado do país vizinho. A estatal brasileira, segundo informações da própria Petrobras, é responsável por 20% dos investimentos diretos e por 18% do Produto Interno Bruto (PIB) da Bolívia.