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Lula discute medidas para ajudar o setor

Montadoras reivindicam linha de crédito especial para financiamento

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne hoje, em São Paulo, com executivos de todas as montadoras brasileiras para discutir medidas que evitem uma redução drástica na produção de veículos. O setor, visto pelo próprio Lula como um dos motores da economia, já prevê redução nas vendas este ano e teme pelos resultados de 2009. As empresas esperam do presidente a liberação de uma linha especial de crédito para financiamento de carros por parte do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, além de crédito para exportação. Na última quinta-feira, após encontro com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, representantes do setor já haviam obtido a promessa de ajuda. Um dia depois, o BC anunciou medidas como a possibilidade de o BB adquirir carteira de clientes dos bancos vinculados às montadoras. Mas, por enquanto, a indústria não tem conhecimento de nenhuma ação efetiva. O encontro vai ocorrer antes da cerimônia de abertura do Salão Internacional do Automóvel. Mesmo que deixe para depois o anúncio, Lula deve tentar acalmar executivos, que temem um contágio ainda maior das dificuldades externas em seus projetos locais. MEDIDAS Com perspectivas de vender cerca de 200 mil veículos a menos do que o previsto, as montadoras já adotam medidas para reduzir a produção. A Fiat pára totalmente a linha de montagem hoje, amanhã e sexta-feira. Depois de dois anos sem dar férias coletivas de fim de ano, a Volkswagen volta a adotar a medida nas fábricas de São Bernardo do Campo e Taubaté (SP). Na unidade de São José dos Pinhais (PR), a parada de 10 dias será em novembro e pode se repetir no período de festas. A General Motors já havia anunciado férias coletivas de 12 dias nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, todas no Estado de São Paulo, e de dois dias em Gravataí (RS). A Fiat também dispensou 1,7 mil funcionários neste mês, por 10 a 20 dias. Nessa segunda parada, ficarão em casa todos os 8,5 mil empregados. Na Ford, a ordem é acabar com as horas extras. Na fábrica da Bahia, pela primeira vez as férias coletivas serão em dezembro, antecipando assim a parada naquela filial, que sempre ocorreu em fevereiro.

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