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Lula e Furlan divergem sobre as perspectivas para exportações

Indagado por jornalistas sobre quando o país deverá exportar os US$ 150 bilhões que o presidente Lula disse que serão atingidos "logo, logo", Furlan respondeu: "não sei, ele deve estar falando para o próximo governo.

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje na abertura do Encontro Nacional de Exportadores (Enaex) que "logo, logo chegaremos em US$ 150 bilhões de exportações". Em Brasília, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, diverge da opinião de Lula e revelou uma perspectiva pessimista. Segundo ele, a valorização do real, a indicação de queda na próxima safra agrícola, a redução dos preços internacionais de algumas commodities e o alto custo de logística no Brasil devem frear o ritmo de crescimento das exportações em 2006. Indagado por jornalistas sobre quando o país deverá exportar os US$ 150 bilhões que o presidente Lula disse que serão atingidos "logo, logo", Furlan respondeu: "não sei, ele deve estar falando para o próximo governo. Na abertura do Encontro Nacional de Exportadores (Enaex), Lula disse que "logo, logo chegaremos em US$ 150 bilhões de exportações" "Tudo indica que o crescimento das exportações será menor em 2006 do que a média dos últimos três anos", afirmou o ministro, durante vôo para o Brasil de volta da Argélia, onde liderou uma missão comercial com o objetivo de aumentar as vendas para aquele País. A meta para o próximo ano será definida em meados de dezembro quando o Ministério do Desenvolvimento reunirá todos os setores para colher informações. "Vamos definir uma meta factível e ao mesmo tempo desafiadora", informou Furlan. "A meta de US$ 120 bilhões para 2006 é módica em relação ao que será atingido este ano", completou. O ministro se referia ao objetivo de chegar ao final do governo com exportações de US$ 120 bilhões, o dobro do resultado alcançado pelo governo FHC, em 2002. Mas já neste ano, as vendas externas devem atingir US$ 117 bilhões. Furlan argumentou ainda que o ambiente político conturbado tem levado os empresários a ser mais cautelosos na realização de novos investimentos. Incentivo De acordo com apuração da repórter Paula Puliti, da Agência Estado, a FedEx Express, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e o Banco do Brasil firmaram hoje uma parceira, o programa FedEx PyMEX Membership, para fornecer informações e soluções de comércio exterior para pequenas e micro empresas filiadas ao Ciesp. O serviço, que entra em vigor no próximo dia 28, oferece consultoria online e call centers sobre exportações, acesso gratuito ao Laboratório de Embalagem da FedEx em Memphis (EUA), informações e análises sobre o mercado e suporte em missões comerciais. A ex-ministra Dorothea Werneck é responsável pela concepção e estruturação do programa, inclusive dos seminários. O Banco do Brasil apresentará suas soluções em comércio exterior, com ênfase no Balcão de Comércio Exterior.

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