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Lula está "consciente" da limitação para exportação, diz Furlan

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está "bem consciente" das limitações enfrentadas hoje pelas empresas brasileiras para expandirem suas exportações. A afirmação foi feita hoje pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. "O esforço de contenção da inflação acabou gerando um efeito de atenuar o crescimento econômico", acrescentou. Segundo ele, as formas para enfrentar estas limitações serão tratadas ao longo deste mês em Brasília e, no dia 19, durante reunião ministerial, quando serão relacionadas as prioridades do ano que vem. Embora espere por algum crescimento nas exportações do próximo ano, Furlan observou que só haveria garantia de uma expansão maior caso o câmbio estivesse melhor para os exportadores. Hoje, foi divulgado o saldo da balança comercial da primeira semana de dezembro. Com este resultado, no acumulado do ano, o saldo ultrapassa US$ 41 bilhões. De qualquer forma, Furlan acredita que, no próximo ano, as exportações não cairão. "O que ainda não temos uma visão concreta é com relação à velocidade de crescimento", afirmou. Com uma previsão "muito moderada", ele acredita que as exportações cheguem a US$ 120 bilhões. Contudo, se o Brasil conseguir, no próximo ano, manter a média anual de crescimento de exportações, da ordem de 20%, o país poderá atingir US$ 140 bilhões em vendas ao mercado externo. Perspectivas para a economia O ministro também traçou um cenário comedidamente otimista para o futuro da economia do País em 2006, com previsão de reversão nos próximos meses do fraco desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) constatado no terceiro trimestre deste ano - queda de 1,2%. "Isso poderá ser revertido porque as empresas hoje têm capacidade de produção e há uma demanda insatisfeita no mercado de crédito", argumentou. Citou também que o governo está empenhado em criar políticas de incentivo ao investimento, e destacou os efeitos positivos provocado pela expansão do crédito ao consumo, especialmente o crédito consignado em folha de pagamento que, de acordo com ele, estimularam fortemente a demanda por bens duráveis.

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