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Lula: Facilidade em licença de usinas, só com trambicagem

Presidente minimiza demora na licença para construção de hidrelétrica no Madeira

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Por Redação
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou, nesta quarta-feira, 11, em entrevista a jornais no Palácio do Planalto, a demora na licença prévia para construção das usinas hidrelétricas no Rio Madeira, em Rondônia. "Em licença não tem facilidade", disse. "Facilidade é se houver trambicagem", avaliou. "Se quiser respeitar o meio ambiente e estar de acordo com a lei sempre será demorado." Na avaliação do presidente, o Ibama também não dará com facilidade outras licenças necessárias para a conclusão das obras no Madeira. "Estou feliz", afirmou. "A Marina (Marina Silva, ministra do Meio Ambiente) definiu bem: demorou mas saiu uma coisa consistente", disse. As declarações do presidente sobre as usinas Santo Antônio e Jirau, no Madeira, foram dadas ao final de uma entrevista sobre a realização dos Jogos Pan-Americanos, no Rio, que serão abertos oficialmente na próxima sexta-feira. Ele considera que o processo de licenciamento das usinas do Madeira é importante por se tratar de um projeto "simbólico". Lula lembrou que as obras da usina de Belo Monte, no Pará, por exemplo, estão sendo discutidas há 20 anos e reclamou da pressão de alguns setores com relação a investimentos em energias. "Agora, no Brasil, fico vendo de vez em quando as pessoas dizerem: ´vai faltar energia, se não acontecer isso, se não acontecer aquilo. Ora, com tanto ´se´ colocado na frente da afirmação estamos todos desgraçados neste mundo", desabafou O presidente ressaltou que o governo tem "consciência" de que não pode faltar energia para garantir o crescimento de 5% da economia por ano. "Temos obrigação de planejar num crescimento de 5% da energia que nós vamos precisar para 2010, 2012, 2015, e vai ser assim", afirmou. "Na questão elétrica têm poucos países do mundo que trabalham com a seriedade que nós trabalhamos agora, poucos", disse. "Porque fazemos o jogo realmente profissional para calcular o que vai acontecer no Brasil a cada cinco anos."

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