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Lula foi humilhado por Chávez, diz The Economist

A publicação afirma que o presidente Lula foi transformado por Chávez em um "irrelevante espectador em seu próprio quintal", ao se referir ao episódio de nacionalização do gás e petróleo boliviano, anunciada no último dia 1º

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Venezuela Hugo Chávez humilhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo matéria da revista inglesa The Economist, que saiu Nesta quinta-feira. A publicação afirma que o presidente Lula foi transformado por Chávez em um "irrelevante espectador em seu próprio quintal", ao se referir ao episódio de nacionalização do gás e petróleo boliviano, anunciada no último dia 1º. A reportagem afirma que a resposta de Lula à decisão do presidente da Bolívia, Evo Morales, foi insignificante. "Para os críticos do governo Lula, a submissão do Brasil desmascarou a confusão no coração de sua política externa", afirma o texto. Embora reconheça que existe algum partidarismo nas críticas ao presidente, por se tratar de ano eleitoral, a matéria afirma que há nelas algum fundamento. O texto cita o insucesso brasileiro nas relações exteriores com países da África, Oriente Médio e Ásia, que até agora mostraram resultados escassos. A matéria critica também o fato de o governo Lula ter se mantido em silêncio em relação à conduta de Chávez, que não tem respeitado contratos, nem normas democráticas, e ainda encorajado a Venezuela a integrar o Mercosul. "O projeto do senhor Chávez é muito diferente daquele do Brasil. (...) Ele não quer nada com países que tenham acordos comerciais com os Estados Unidos", diz a reportagem. Segundo o texto, o Brasil falhou ao articular uma alternativa clara ao "chavismo". "Não faz muito tempo, os líderes brasileiros tinham uma visão de integração regional baseada na defesa da democracia, respeito aos tratados e em integrar o Mercosul ao mundo por meio de, por exemplo, um pacto de livre comércio com a União Européia. Não é difícil concluir que essa visão está sendo sacrificada em nome de um impulso pueril de seguir aqueles que vendem a retórica populista do ´antiimperialismo´. Por causa disso, os brasileiros podem ter que pagar um preço em breve", prevê a reportagem.

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