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Lula: governo trabalha por carga tributária menor

Por Milton da Rocha Filho
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em seu programa de rádio "Café com o Presidente", que a carga tributária do País pode ser menor e que ninguém mais do que ele quer diminuir essa carga. De acordo com Lula, para reduzir a cobrança de impostos, o governo finaliza o projeto de reforma tributária a ser enviado ao Congresso. "A carga tributária pode ser menor. Estamos trabalhando para isso. Por isso, estamos em fase final de elaboração de um projeto de reforma tributária, junto com os Estados. Queremos construir essa proposta de política tributária que atenda aos interesses do Brasil. Política tributária é muito difícil porque cada deputado, cada senador tem uma, cada presidente tem uma, cada indústria tem uma, ou seja, precisamos abrir mão das nossas propostas individuais e construir uma proposta consensual para o País", explicou o presidente. Ele comentou também sobre o encontro que teve, na quarta-feira passada, com os 97 maiores empresários brasileiros. Antes da reunião, no Palácio do Planalto, alguns empresários reclamaram do volume de tributos cobrado. Porém, o presidente reafirmou que não adotará medidas extremas para reduzir a carga. "Não vamos fazer mágica. Vamos trabalhar com seriedade, fazendo os ajustes na hora certa, no momento certo, porque ninguém quer mais diminuir a carga tributária do que eu", explicou. Mais investimentos O presidente disse ainda no seu programa de rádio que a economia está em expansão e citou, como exemplo, a grande procura da construção civil por cimento, o que levou à falta do produto em algumas regiões. Para Lula, esse é o momento para o empresariado ampliar os investimentos. "Precisamos agora estimular os empresários brasileiros a fazer os investimentos necessários para que a economia brasileira cresça mais, geremos mais empregos, mais distribuição de renda e ver se isso dura por 15 ou 20 anos para o Brasil recuperar as duas décadas perdidas no passado", salientou Lula. Segundo o presidente, além de estimular o empresariado, cabe ao governo oferecer mais linhas de financiamento. "O governo está fazendo o papel de estimulador para que os empresários acreditem cada vez mais no País, contribuam com esse momento importante da economia brasileira e que a gente não dê um passo atrás. É não deixar mais a peteca cair, fazer o país crescer, porque é isso que o povo brasileiro precisa", explicou o presidente.

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