BUENOS AIRES - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou na Argentina a primeira universidade latinoamericana criada por um sindicato. Em companhia da presidente argentina Cristina Kirchner, Lula foi ovacionado por três mil estudantes na instituição criada pelo sindicato porteiros e zeladores de edifícios.
"A luta por mais oportunidades e direitos não pode limitar-se apenas aos salários, mas também a educação é um espaço fundamental", afirmou Lula."Um sindicato que luta pela educação dos trabalhadores é um sindicato que contribui e fortalece a cidadania e a integração social", acrescentou o ex-presidente.
Ao final do ato Lula saudou centenas de manifestantes defensores do governo e em seguida reuniu-se na Casa Rosada com a presidente Kirchner. A Universidade Metropolitana de Educação e Trabalho (UMET) funcionará em um edifício de oito andares terá cursos de políticas públicas e governo, turismo, esportes e outros. Na solenidade nesta quinta-feira, 17, Lula e Cristina Kirchner ressaltaram a união entre o Brasil e a Argentina e a construção da integração da América do Sul, promovida pelos ex-presidentes Néstor Kirchner e Hugo Chávez. "Desse processo que nós três iniciamos no continente, só eu estou vivo", disse Lula.
Cristina completou com elogios também à Lula e à presidente Dilma Rousseff ao dizer que, "no Brasil, quebraram essa lenda da pretendida desunião que havia entre Brasil e Argentina, que é totalmente contrária ao interesse de ambos os países".
Em meio a sérias desavenças comerciais entre os dois países, Cristina disse que "sempre existe a tentação de desunir o que nós unimos tão fortemente". Lula vai receber neste sábado, 18, sete títulos de Doutor Honoris Causa concedido por universidades, em solenidade no Senado.