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Lula, Kirchner e Chávez conversam sobre gasoduto

Eles receberam explicações técnicas de esclarecimento sobre a viabilidade da obra

Por Agencia Estado
Atualização:

Após reunião de cerca de três horas na manhã desta quarta-feira, os presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, da Venezuela, Hugo Chávez, e da Argentina, Nestor Kirchner, ficaram entusiasmados com a viabilidade do projeto do Gasoduto Venezuela-Cone Sul, que ligará os três países. A afirmação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores do, Celso Amorim. Amorim também participou do encontro, juntamente dos ministros da área de energia destas nações. "Foi uma conversa franca e houve grande entusiasmo dos três presidentes com as explicações técnicas que deixaram claro que o gasoduto é viável", destacou. O ministro disse que, depois de ouvirem as explicações dos ministros de energia, os presidentes acordaram que o cronograma sofrerá um pequeno atraso e a conclusão das discussões técnicas, prevista para o mês de julho, deverá ocorrer em agosto. Após a conclusão dos estudos de viabilidade do projeto, o Brasil deverá sediar, no mês de setembro, um grande encontro de todos os países da América do Sul para discutir o gasoduto. Aberto à participação Amorim disse também que o projeto deverá ser aberto à participação de outros países. "Além dos três (Brasil, Venezuela e Argentina), o projeto envolverá mais nações, incorporando países sul-americanos produtores, consumidores e de passagem", emendou. O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, que também esteve presente no encontro, afirmou que a Bolívia será convidada para integrar o projeto. Garcia disse que o projeto também deverá contar com financiamento dos organismos internacionais, porque produzirá resultados a curto e a médio prazos. O chanceler brasileiro afirmou também que as explicações dadas sobre o projeto no encontro desta quarta mostram que há suficiência de gás para cobrir todas as necessidades da América do Sul. "Essas explicações foram convincentes e mostram que, efetivamente, há gás para cobrir as necessidades", complementou. O ministro citou que, entre os subgrupos que estarão concluindo o projeto técnico do gasoduto, há o do planejamento estratégico, que mapeará os pólos de desenvolvimento e cuidará da questão do financiamento. Obra O projeto do gasoduto prevê a construção de 10 mil quilômetros, ligando os três países, com investimentos que podem variar de US$ 17 bilhões a US$ 25 bilhões. Para o estudo de viabilidade técnica, o projeto já consumiu US$ 10 milhões dos três países. As previsões são que as obras do Gasoduto Venezuela-Cone Sul durem de cinco a sete anos.

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