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Lula nega interferência política na redução dos juros

Por Agencia Estado
Atualização:

"A definição da taxa de juros é responsabilidade exclusiva do Copom", afirmou na noite desta sexta-feira o porta-voz do Palácio do Planalto, André Singer, em resposta a uma pergunta sobre eventual "interferência" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na decisão do Copom de reduzir em 1,5 ponto porcentual a taxa básica de juros. "O presidente Lula confia no trabalho do Banco Central, sabe que tais decisões obedecem a critérios técnicos", disse. Sobre a possibilidade de reajuste da tabela de correção do Imposto de Renda da Pessoa Física, o porta-voz informou apenas que existem "estudos técnicos sobre os limites de isenção do IR para 2004, mans não há conclusões a respeito". O porta-voz confirmou que o presidente exigiu do ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, uma medida urgente para acabar com as filas de idosos que se formaram em todos o País para o pedido de revisão das aposentadorias. Segundo ele, na segunda-feira, o presidente mandou Berzoini "solicitar um parecer da AGU (Advocacia Geral da União) sobre a possibilidade legal de se estender o prazo para a revisão dos benefícios" Como a resposta da AGU foi positiva, Lula e Berzoini, "de comum acordo", de acordo com o porta-voz, decidiram editar a medida provisória que prorrogou por cinco anos o prazo de pedido de revisão. Mais cedo, o próprio presidente tocou no assunto dos aposentados, ao dizer que o governo não dispõe dos R$ 14 bilhões para pagar o reajuste do valor das aposentadorias. De acordo com Lula, este aumento foi um ?saldo? deixado por mais um ?plano econômico? de governos anteriores, referindo-se ao Plano Real. Já o ministro da Casa Civil, José Dirceu, afirmou que a prorrogação do prazo dá tempo ao governo para se organizar e poder pagar os aposentados.

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