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Lula pede moratória a subsídios agrícolas para nações em desenvolvimento

Veja o especial sobre o G-8

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu hoje que a proposta de uma moratória nos subsídios das exportações agrícolas da União Européia para os países africanos seja estendida para todas as nações em desenvolvimento. A idéia de ajuda ao Continente africano foi apresentada pelo presidente francês Jacques Chirac. "A idéia de moratória nos subsídios para a África é um reconhecimento de que esses subsídios machucam a todos", disse o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em coletiva à imprensa, na qual fez uma avaliação da participação de Lula no encontro de líderes do G-8. "Por que então não fazer isso para todos os países em desenvolvimento?", indagou Amorim. Em seu discurso endereçado aos chefes de Estado presentes em Evian, na França, Lula ressaltou a importância de uma melhor relação entre as nações ricas e os países em desenvolvimento, mas também alertou da necessidade de os países emergentes estreitarem as suas relações comerciais e políticas. Segundo Amorim, o presidente George Bush, dos Estados Unidos, fez uma menção durante a reunião a esse trecho do discurso do presidente brasileiro. Já Chirac disse que vai levar à reunião fechada do G-8, que será realizada amanhã, a proposta de Lula pela criação de um fundo mundial contra a fome e a pobreza. "Chirac disse que vê a proposta com bons olhos e que ela deverá ser debatida no encontro de amanhã", disse Amorim. PODER DE BARGANHA - Segundo Amorim, a ofensiva diplomática brasileira de procurar uma maior aproximação com os países em desenvolvimento tem, entre seus objetivos, "aumentar o poder de barganha" do Brasil e dos demais países nas negociações multilaterais e bilaterais com as nações ricas. O minitro ressaltou que representantes do Brasil, Índia e África do Sul irão, pela primeira vez, se reunir na próximo dia 6, em Brasília, para discutir assuntos de interesse mútuo. "Poderemos até acertar uma reunião dos chefes de Estado desses países", disse o ministro. Além disso, observou o chanceler, alguns chefes de Estado de outros países em desenvolvimento que se encontraram com Lula em Evian ressaltaram a importância de que o Brasil assuma um papel de liderança na articulação de seus interesses comuns. Dentro dessa perspectiva, surgiu a idéia de o Brasil sediar uma reunião do G-15 ainda neste ano.

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