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Lula pode vetar fim da contribuição sindical obrigatória

Por DENISE MADUEÑO E EUGÊNIA LOPES
Atualização:

O líder do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE), sinalizou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá vetar o fim da obrigatoriedade do pagamento do imposto sindical pelo trabalhador, aprovado na noite da última quarta-feira, 18. Durante a votação do projeto que regulamenta as centrais sindicais, os deputados aprovaram uma emenda tornando a contribuição sindical dos empregados facultativa e não mais obrigatória. O projeto ainda será votado pelo Senado antes de seguir à sanção do presidente da República.   Veja também: Centrais vão pressionar Senado para derrubar imposto opcionalCâmara torna imposto sindical facultativo José Múcio defendeu que a posição da Câmara seja revista no Senado ou pelo próprio presidente da República. "O presidente vem de origem sindical", disse, dando a entender que o presidente não deverá concordar com a posição tomada pelos deputados. "Talvez, ontem, tenhamos dado um passo atrás, mas há tempo para se corrigir", afirmou o líder do governo. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), evitou comentar a aprovação que torna facultativa a contribuição sindical por parte dos trabalhadores. "Eu não analiso mérito do que a Câmara votou. Na medida em que a Câmara aprovou que a contribuição passa a ser facultativa, essa é a posição da Câmara. Não há o que comentar", disse Chinaglia. "A avaliação cabe as centrais, ao próprio Paulinho (deputado e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva) que nitidamente não ficou satisfeito com a votação. Este tema do movimento sindical é um tema de profundas e históricas divergências, por isso, acho que cabe ao próprio movimento sindical analisar o que fazer", concluiu Chinaglia.

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