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Lula quer ação coordenada de BC e Fazenda no câmbio

Por AE
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer uma ação mais coordenada entre Banco Central e Ministério da Fazenda nas discussões e ações de política cambial. No primeiro embate entre as duas áreas de governo, Lula reforçou a posição da Fazenda, que, na prática, divide com o BC a gestão da política cambial. Lula deseja evitar descompassos que possam resultar em incertezas em relação à política brasileira de atração de capitais externos. A orientação de Lula não muda. Ele quer manter os estímulos aos capitais de longo prazo que entram no País para investimento, mas não concorda com a avalanche de recursos apenas em busca do ganho financeiro. A percepção do governo é que não há uma medida única capaz de resolver o imbróglio cambial. Por isso, uma sintonia entre BC e Fazenda nas decisões passou a ser indispensável. Segundo a Agência Estado apurou, Lula foi informado de que até dados importantes para avaliar o quadro econômico não são trocados entre as equipes do BC e da Fazenda. Essa situação desagrada o presidente porque pode tornar mais custoso o processo de transição do real ao nível de moeda mais forte no cenário internacional. O governo sabe que a questão é complexa até porque o real forte é uma realidade. Economistas do governo dizem que medidas isoladas podem não fazer grande diferença, mas em conjunto podem reduzir a pressão de valorização do real. O que diferencia o debate atual é a tendência de a Fazenda atuar por medidas pontuais, de caráter mais intervencionista, enquanto as medidas do BC vão buscam a desregulamentação das normas cambiais e aceleração dos acordos internacionais de pagamento com moeda local, como está sendo discutido com China, Rússia e Índia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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