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Lula: relação entre Brasil e Bolívia inaugura nova fase

Por Nicola Pamplona
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os acordos firmados hoje inauguram uma nova fase no relacionamento entre Brasil e o país vizinho. Em discurso no Palácio Quemado, sede do governo boliviano, Lula respondeu a críticas sobre sua atuação após a nacionalização dos ativos da Petrobras no país vizinho. "Esses acordos respondem àqueles que queriam o distanciamento, o congelamento das relações. Esses acordos respondem àqueles que queriam o enfrentamento", afirmou o presidente. Segundo Lula, o Brasil tem obrigação de ajudar a Bolívia. "O Brasil tem que entender, como a Venezuela tem que entender, como a Argentina tem que entender, ou seja, os países mais ricos têm que entender que é preciso resolver os problemas das assimetrias regionais", disse, citando o caso da União Européia, que deu ajuda para que Espanha, Portugal e Grécia se aproximassem, do ponto de vista econômico, dos outros países do bloco. Quantos bilhões não estão sendo gastos agora com os países do leste europeu?", questionou. O presidente boliviano, Evo Morales, discursou em um tom mais ameno do que o que vinha apresentando desde a nacionalização, afirmando que nunca quis expulsar empresas privadas do país. Dirigindo-se ao presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, Morales disse: "Precisamos de você". Ele afirmou que a volta da estatal ao país vizinho vai desbloquear os investimentos privados suspensos desde a nacionalização. Mas afirmou que quer a Bolívia sócia em todos os empreendimentos. Morales ouviu conselhos de Lula a respeito da crise política boliviana: "Se eu pudesse te dar um conselho sem me intrometer na política boliviana, te diria: paciência, paciência, paciência, que o povo boliviano, em sua sabedoria, certamente saberá acertar as coisas", afirmou o presidente brasileiro.

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