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Lula sugere manter meta de inflação em 4,5%

Para presidente, País não deve fazer mais sacrifícios reduzindo a meta

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Por Redação
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não é mais necessário aumentar o esforço para reduzir a meta de inflação, demonstrando uma posição que tende mais para o lado do ministro da Fazenda, Guido Mantega, no embate entre o Ministério e o Banco Central sobre o estabelecimento da meta para 2009. A manutenção da meta em 4,5% ou sua redução será analisada em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) na próxima semana (dia 27). "Penso que não devemos fazer mais sacrifício, reduzindo a meta", afirmou o presidente em entrevista ao jornal Valor Econômico. "Seria bom, e essa é uma opinião muito pessoal, que a gente refletisse bem. Já fizemos o sacrifício para 4,5% e foi muito duro. Gostaria que pensássemos politicamente, que não temos mais o direito de fazer um novo arrocho", completou. Câmbio Lula disse que o governo está preocupado com a apreciação do real e adotará medidas para compensar os setores mais atingidos pelo dólar fraco, mas não fará "mágica". Para esse tema, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou o discurso do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. "Não tem milagre. Em algum momento o mercado vai se ajustar e é assim que nós vamos conviver." Segundo ele, é muito difícil determinar qual o câmbio bom. "Para quem exporta, R$ 4 seria ótimo. Para quem importa, se fosse R$ 1 seria ótimo. O dado concreto é que vamos manter o câmbio flutuante e ele flutua, vai para baixo e para cima. Obviamente, precisamos estar preocupados com o câmbio, mas não vamos fazer nenhuma loucura. Vamos tentar fazer todos os acertos necessários e que forem possíveis para mantê-lo nesse nível ou um pouquinho mais. Por isso compramos muitos dólares", afirmou. Lula, contudo, defendeu, enfaticamente, a adoção de uma política industrial que ajude setores ineficientes ou escolha os que precisam de mais investimentos. Lula também afirmou ainda que as reservas cambiais devem chegar a US$ 200 bilhões até o final do ano.

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