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Lula vai propor à Argentina aprofundar Mercosul

Por AE
Atualização:

Duas semanas depois de as diplomacias brasileira e argentina baterem cabeça durante as negociação da Rodada Doha, na Organização Mundial do Comércio (OMC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva leva amanhã a Buenos Aires duas mensagens para enquadrar as relações dos dois países. Lula vai dizer à presidente Cristina Kirchner que o Brasil não quer a desindustrialização da Argentina, e vai propor o óbvio: que, diante do fracasso para liberalizar o comércio mundial, os dois países cuidem, ao menos, do quintal da própria casa e trabalhem para aprofundar o Mercosul. Na segunda visita oficial a Cristina Kirchner em apenas seis meses, Lula desembarca com uma comitiva de 200 executivos de empresas brasileiras dispostos a expandir negócios e investimentos no país vizinho. Com o seminário organizado para promover a integração e o séquito empresarial, Lula espera convencer a opinião pública local de que o Brasil não joga contra a economia da Argentina. E, dos 20 projetos bilaterais acertados na visita de fevereiro passado, o presidente brasileiro deve destacar a intenção de antecipar, para 2010/2011, o cronograma de construção da hidrelétrica binacional de Garabi, no rio Uruguai. No período de 2002 a 2008, o Brasil tornou-se o terceiro maior investidor estrangeiro no setor produtivo do país vizinho, atrás de Estados Unidos e Espanha. A injeção de recursos somou entre US$ 6,5 bilhões e US$ 8 bilhões e concentrou-se especialmente na construção e ampliação de plantas industriais. O Itamaraty acredita e proporá que poderão alargar esse saldo de investimentos. A visita de Lula a Cristina Kirchner faz parte de uma agenda de encontros mais freqüentes para tratar de projetos de cooperação e de imbróglios bilaterais. Nos dias 7 e 8 de setembro, a presidente argentina estará em Brasília para novo encontro e para participar, como convidada especial de Lula, das comemorações da Independência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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