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Lula vai se encontrar com Morales amanhã

Sobre como fica a situação entre os dois países, o presidente respondeu: "Vamos ver. Só depois de falar com ele (Morales) é que vou saber"

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse há pouco que vai tomar café da manhã, amanhã, em Viena, com o presidente da Bolívia, Evo Morares. Ele não quis fazer nenhum comentário sobre as declarações do colega boliviano, alegando que o ministro Celso Amorim já teria falado sobre o assunto. Mas diante da insistência dos repórteres, Lula disse que "está tudo tranqüilo". Sobre como fica a situação entre os dois países, o presidente respondeu: "Vamos ver. Só depois de falar com ele (Morales) é que vou saber". Ontem, presidente da Bolívia acusou a Petrobras e outras empresas petrolíferas estrangeiras de manterem "atividades ilegais" naquele país, inclusive chamando-as de "contrabandistas". Ao chegar a Viena, Lula não comentou as declarações de Morales. No final do dia, Amorim rebateu as acusações de Morales e disse: "há um contraste entre o que se acorda entre os dois países e as declarações públicas". Em nota, a Petrobras também repudiou as afirmações Reunião cancelada Lula disse também que não foi surpreendido com a informação do cancelamento da reunião de líderes do Mercosul e da União Européia, agendada para amanhã, em Viena, para a retomada de acordo comercial. Ele disse que já sabia do cancelamento antes de deixar o Brasil. Esta reunião teria o objetivo de tentar retomar as negociações de um acordo comercial. Tabaré Vazquez, do Uruguai, Nestor Kirchner da Argentina e Nicanor Duarte, do Paraguai decidiram não participar do encontro. Como sobraria apenas o presidente Lula para participar pelo lado do Mercosul, a única saída encontrada pelos diplomatas foi rebaixar o encontro para um nível ministerial. O incidente é o sinal mais evidente da mais séria crise enfrentada pelo Mercosul desde a sua criação há quinze anos. Ele acentua também o ceticismo entre os europeus de que o bloco sul-americano não terá condições de retomar nos próximos anos uma unidade política suficiente que viabilize um acordo comercial.

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