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Lula vê boa vontade da UE, EUA e G20 para acordo de Doha

Por RAYMOND COLITT
Atualização:

Brasil e União Européia estão otimistas de que um acordo na Rodada de Doha de livre comércio será alcançado logo, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira. "Não se espantem se logo a gente tiver um acordo na Rodada de Doha", disse Lula a jornalistas após se reunir com o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, em Brasília. Grande acordos comerciais levam tempo para serem negociados e são complicados de alcançar porque há muitos interesses diferentes, disse Lula. O presidente justificou seu otimismo dizendo que há boa vontade dos Estados Unidos, da União Européia e do G20 (grupo dos países em desenvolvimento) nesse momento. "Eu vejo, como vê o presidente Barroso, com muito otimismo a possibilidade de concretizarmos um acordo na Rodada de Doha", acrescentou Lula. O Brasil, um dos maiores produtores mundiais de produtos agrícolas, é um importante participante nas negociações de Doha, representando os interesses dos países em desenvolvimento. Lançada em 2001, a Rodada de Doha para ampliar o comércio global e reduzir a pobreza não tem avançado pela falta de acordo sobre subsídios agrícolas e tarifas de importação. Mas as conversas mostraram alguns sinais de progresso nos últimos dias. Na segunda-feira, a comissária européia para a agricultura, Mariann Fischer Boel, disse que uma reunião ministerial poderia acontecer no fim de abril ou início de maio para tratar de compromissos das áreas centrais da negociação. O Brasil tem firmado posição pelo corte nos subsídios agrícolas que os Estados Unidos e a União Européia concedem a seus produtores.

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