19 de outubro de 2010 | 13h17
O ministro ressaltou que o salário mínimo de 2011, por força da lei atual, será reajustado com base no Produto Interno Bruto (PIB) do País (recuo de 0,19%) e da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 5,52%, em 2009. "Assim, dos R$ 510 atuais, passará para R$ 538, no mínimo, dependendo do que o Congresso discutir", afirmou. O ministro salientou que o tema deverá ser votado logo após o recesso branco parlamentar do Congresso.
Lupi enfatizou que, para 2012, quem quer que seja o presidente, o reajuste do salário terá de levar em conta o crescimento do País e a inflação deste ano, respectivamente de 7,55% e de 4,87%, de acordo com a pesquisa Focus realizada pelo Banco Central (BC) com o mercado financeiro. "Assim, o aumento será de 12,79% por força da lei. Independente da vontade deste ou daquele, será de R$ 606,98", afirmou.
O ministro ressaltou que a única forma de ampliar o salário para 2011 é com uso maciço de emendas pelo PSDB. "O PSDB poderá votar majoritariamente. Nunca fez isso, mas quem sabe? Sejam tomados por um fervor cívico...", ironizou. "As pessoas não devem enganar a população", disse.
Necessidades básicas
O ministro admitiu, no entanto, que o salário mínimo não atende às necessidades básicas da população e defendeu a continuidade do aumento, mas com "bom senso". "O salário mínimo pode e precisa ser mais? Sim, mas dentro do bom senso, do equilíbrio", afirmou. Segundo o ministro, este será um dos assuntos que estarão na pauta de uma reunião de hoje com as centrais sindicais, em Brasília. "O salário mínimo não cumpre as necessidades da população, mas tivemos mais de 64% de reajuste acima da inflação (de 2003 a 2010)", argumentou.
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