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Lupi critica teses de flexibilização de regras trabalhistas

'Na hora do lucro, eles não chamaram os trabalhadores para dividir', afirma ministro sobre propostas

Por Gerusa Marques e da Agência Estado
Atualização:

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, criticou as teses de "flexibilização" de regras trabalhistas, defendidas por alguns empresários, como redução de salário e de jornada de trabalho. Segundo ele, os empresários brasileiros têm que ter "consciência nacional" e pensar nos lucros que já obtiveram no País.   Veja também: Desemprego, a terceira fase da crise financeira global De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise    "Na hora do lucro, eles não chamaram os trabalhadores para dividir. Só querem chamar os trabalhadores para dividir quando têm prejuízo?", questionou. "Quando falam da flexibilização trabalhista, quero falar da flexibilização dos lucros", acrescentou o ministro. Segundo Lupi, o caminho que o Brasil deve seguir é de continuar trabalhando e investindo para fazer o País crescer.   Durante entrevista para divulgar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de novembro, ele citou números de linhas de financiamento do dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que alcançaram R$ 11,3 bilhões neste ano. De acordo com Lupi, só essas linhas serão responsáveis pela geração de 608 mil empregos diretos e 317 mil empregos indiretos no próximo ano.   O ministro informou ainda que o governo já pagou, neste ano, abono salarial a 13 milhões de trabalhadores, em um total de cerca de R$ 5 bilhões. Segundo Lupi, 1,6 milhão de trabalhadores que têm direito ao benefício ainda não retiraram o dinheiro, em um total de R$ 1,6 bilhão.   "Pode receber até meados do ano que vem, mas como nós estamos querendo incentivar que as pessoas não tenham medo de comprar, queremos dizer que esse dinheiro está no banco. Se ele resgatar esse dinheiro, pode comprar mais um presentinho no Natal", afirmou.

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