
19 de agosto de 2010 | 16h31
As novas regras, previstas na portaria de 1.510/09, começariam a vigorar no dia 26 de agosto e a fiscalização com aplicação de multa seria iniciada a partir de dezembro. Lupi alegou que o maior número de reclamações na Justiça Trabalhista é a de não pagamento de horas extras. Com a instalação do ponto, segundo o ministro, o controle também poderá ser feito pelo empregado. "Me ''comeram'' meia hora, está errado. E aí arrumam", disse Lupi, reproduzindo o que seria a queixa de um trabalhador.
O ministro relatou ainda que tanto empresas quanto sindicatos de trabalhadores solicitaram que, nos casos em que há acordos coletivos, eles se sobreponham à existência do ponto eletrônico. "Nos pediram mais flexibilidade e ficaram de colocar isso em um documento", explicou. O tema será levado para estudo pela área técnica do ministério. "O que não posso fazer é da exceção, regra."
Lupi disse que decidiu adiar o prazo para a instalação dos equipamentos por conta da falta de itens disponíveis no mercado para aquisição das empresas. "Não tinha como exigir isso das empresas", considerou. Indagado sobre se a medida, ao ser empurrada para o próximo governo, poderia nunca sair do papel, o ministro se disse, mais uma vez, um otimista. "Acredito que o próximo governo será nosso e que o tema terá sequência", disse o ministro, que é do PDT, que faz parte da coligação de apoio à candidata pelo PT, Dilma Rousseff.
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