
19 de setembro de 2020 | 18h01
A decisão do Magazine Luiza em colocar apenas negros no próximo programa de trainees, antecipada pelo Broadcast/Estadão, está entre os assuntos mais comentados do momento no Twitter neste sábado, 19.
A decisão da empresa abriu uma disputa nas redes sociais entre os que elogiam a medida e aqueles que acusam o Magalu de "racismo reverso" com brancos, usando a hashtag #MagazineLuizaRacista.
Segundo o Magalu, o objetivo da empresa com o programa é trazer mais diversidade racial para os cargos de liderança da companhia, recrutando universitários e recém-formados de todo Brasil, no início da vida profissional.
Entre os críticos da iniciativa está o vice-líder do governo na Câmara, deputado Carlos Jordy (PSL-RJ). O deputado afirmou que está entrando com representação no Ministério Público contra a empresa para que seja apurado crime de racismo.
O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, faz coro às acusações de racismo. "Magazine Luiza terá que instituir Tribunal Racial no seu RH para evitar que pardos e brancos consigam fraudar o processo seletivo que é exclusivo para pretos. Portanto, terá que fazer a análise do fenótipo dos candidatos, prática identificada com o nazismo."
Já a deputada federal Benedita da Silva (PT) compartilhou a notícia do programa de trainee em sua conta na rede social e destacou que a Magalu tem 53% de pretos e pardos em seu quadro de funcionários, mas apenas 16% deles em cargos de liderança.
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