Publicidade

Magna pode se tornar montadora com capacidade para 5 milhões de veículos

Por
Atualização:

Fundada há cerca de 50 anos em uma garagem na cidade de Toronto, Canadá, pelo imigrante austríaco Frank Stronach, a fabricante de peças e carros especiais Magna tem hoje 240 fábricas espalhadas pelo mundo, duas delas no Brasil, sendo que a unidade de mecanismos de portas (fechaduras, maçanetas) é líder no mercado nacional, com 56% de participação nas vendas desse produto. Terceiro maior fabricante de autopeças no mundo, o grupo cresceu por meio de aquisições de várias companhias. Segundo fontes do mercado internacional, a união com a Opel poderá realizar um antigo sonho de Stronach de semear seu legado. O fundador do grupo, hoje com 76 anos, tem uma fortuna pessoal calculada em mais de US$ 1 bilhão. Da união com a segunda maior montadora russa, a GAZ, ocorrida em 2007, e a junção com a Opel, o grupo, que também produz veículos especiais na Europa para marcas como Mercedes-Benz, ela se tornaria uma companhia automotiva com capacidade anual de produção de 5 milhões de veículos, calculam fontes do mercado automobilístico internacional. O grupo tem uma das mais diversificadas linhas de produção de componentes, como interiores de carros, bancos, chassis, sistemas eletrônicos, motores e fechaduras. Também opera na montagem de carros para diversas companhias que terceirizam esse serviço em algumas linhas de produtos. No Brasil, a empresa deve faturar este ano cerca de R$ 160 milhões, informa o gerente-geral da unidade Magna Closures, Agnaldo Cervone, que ontem à noite ainda não tinha recebido nenhuma confirmação oficial da aquisição da Opel na Europa. O grupo emprega cerca de 800 pessoas em duas fábricas no interior de São Paulo. Uma terceira unidade, em Juiz de Fora (MG), que fornecia peças para o Classe A, da Mercedes-Benz, foi fechada. "O grupo tem se destacado por sua agilidade de reação e, diante da crise mundial, tem obtido bons resultados", diz Cervone. A Magna é uma das poucas no setor automotivo que encerrou o primeiro trimestre com dinheiro em caixa: US$ 1,7 bilhão. A Magna International já foi presidida por Mark Hogan, ex-presidente da GM do Brasil e ex-chefe do departamento de desenvolvimento de carros pequenos da GM nos EUA. A unidade de produção de veículos especiais, a Magna Steyer, tem no comando Herbert Demel, ex-presidente da VW do Brasil.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.