28 de março de 2012 | 08h47
Confirmando estimativas preliminares, os dados do quarto trimestre da agência nacional de estatísticas INSEE mostraram nesta quarta-feira que a França atingiu crescimento de 1,7 por cento para todo o ano de 2011, e afastou a ameaça de uma recessão antes da eleição.
O gasto das famílias, tradicional motor de crescimento da economia francesa, focada no consumidor, subiu 0,2 por cento no quarto trimestre, ainda que o poder de compra tenha crescido apenas 0,1 por cento quando ajustado pela inflação.
Pesquisas de opinião indicam que o poder de compra hesitante e o desemprego em alta são as principais preocupações dos eleitores antes das eleições de 22 de abril e 6 de maio.
No entanto, Sarkozy aprovou os números, destacando que "sinais de recuperação sugerem que a economia francesa está chegando ao fim do túnel", disse a porta-voz do governo Valerie Pecresse.
Mas os economistas do Barclays Capital Marion Laboure e Fabrice Montagne disseram ser provável uma estagnação nos dois primeiros trimestres do ano, o que negaria a Sarkozy a vantagem de uma recuperação para ajudar a polir suas desbotadas credenciais econômicas.
"A deterioração no mercado de trabalho desde junho de 2011 e os altos preços da energia estão pesando sobre o rendimento real disponível das famílias, enquanto mais consolidação orçamentária diminuirá o consumo do governo", escreveram em uma nota de pesquisa.
"Acreditamos que a recuperação só virá mais tarde este ano e se desenvolverá ao longo de 2013", acrescentaram.
O oponente socialista de Sarkozy, François Hollande, questionado sobre o relatório da INSEE na rádio Europe 1, disse que a situação econômica na França manteve-se "muito difícil", com alto desemprego e um crescimento mais ou menos congelado.
(Reportagem de Leigh Thomas)
Encontrou algum erro? Entre em contato