19 de maio de 2020 | 15h44
BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta terça-feira que o presidente Jair Bolsonaro sancione a ajuda a Estados e municípios ainda nesta semana. Segundo ele, há risco de, em caso de demora, gerar a necessidade de uma segunda onda de ajuda a governadores e prefeitos.
O projeto aprovado pelo Congresso prevê o repasse de R$ 60 bilhões a Estados e municípios. Maia lamentou a demora em sancionar a proposta e disse que achava que, do jeito como foi aprovada, a proposta tinha consenso entre Câmara, Senado e governo.
Deputados e senadores pouparam várias carreiras do congelamento de salários no projeto de socorro aos Estados e municípios, principalmente as de segurança, com o aval do presidente Jair Bolsonaro. Depois, o presidente mudou o discurso e disse que vetaria as exceções, da forma como pediu o ministro da Economia, Paulo Guedes. Agora, porém, Bolsonaro fala em buscar acordo Maia e governadores sobre a possibilidade de reajustes aos servidores até o fim de 2021.
Maia disse que na conversa que teve com Bolsonaro, na quinta-feira passada, sugeriu ao presidente sancionar a medida durante uma reunião virtual com os governadores. “O que eu falei pro presidente é que seria uma boa uma reunião na hora da sanção”, disse. “O gesto de uma reunião seria simbólico e importante”, afirmou.
Como o Estadão/Broadcast mostrou ontem, Bolsonaro passou a disparar convites nesta segunda, 18, a governadores para participarem de uma reunião por videoconferência na próxima quinta-feira, 21. De acordo com os chefes dos Executivos estaduais, o chamado foi feito sob o pretexto de discutir a sanção do projeto de socorro aos Estados e municípios e o veto ao trecho do texto que permite o aumento salarial para servidores públicos até 2021.
O Palácio do Planalto ainda não confirmou a agenda, mas 11 governadores das cinco regiões do país admitiram ao Estadão/Broadcast terem sido convocados para a reunião às 10h de quinta-feira. Entre eles, os líderes de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) e o de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), do Amapá, Waldez Góes (PDT). Desafetos políticos de Bolsonaro, os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio de Janeiro, Wilson Wtizel, também foram chamados.
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