22 de agosto de 2017 | 18h55
BRASÍLIA – O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comemorou nesta terça-feira, 22, a notícia da privatização da Eletrobrás, estatal do setor elétrico que controla empresas como Furnas e Chesf. Maia classificou a decisão do governo Michel Temer como "histórica" e disse que não importa se a gestão da empresa é pública ou privada.
"O governo brasileiro precisa existir para atender as pessoas que precisam do governo. A decisão da Eletrobrás vai nessa linha, não tem nenhuma necessidade do governo de ter o controle e a gestão da Eletrobrás. O mais importante não é saber se a gestão é pública ou privada, é saber se o cidadão na ponta está sendo atendido", afirmou.
Maia aproveitou a notícia para atacar a ex-presidente Dilma Rousseff, que criticou a decisão do Palácio do Planalto. Na opinião da petista, a privatização ameaça a segurança energética do País.
"A gente viu nos últimos tempos, no governo da presidente Dilma, que o controle dessas empresas foi desastroso. A declaração da ex-presidente me dá muito conforto na decisão de privatizar. Se [na opinião dela] há um risco para o setor de energia, eu digo o contrário", ironizou.
O presidente da Câmara relembrou a decisão de Dilma de editar a Medida Provisória (MP) 579, assinada em 2012, que obrigou as usinas hidrelétricas a trocarem tarifas acima de R$ 100 por megawatt-hora por um preço ao redor de R$ 30.
"A MP 579 quebrou o setor de energia. É um bom exemplo do catálogo que estamos organizando de decisões catastróficas, que gerou prejuízo de R$ 200 bilhões", complementou.
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